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terça-feira, 26 de março de 2013

Rapidinhas do Capita


Um feliz aniversário pra Porto Alegre. A cidade que eu adoro e que não troco por nenhuma outra.
241 anos, tá ficando velha, Portinho. Hora de começar a crescer.

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O Paulinho se apaixonou pela Beatriz não porque ela era linda (Claro que isso ajudou.), não porque ela cheirava divinamente (Isso, também ajudou), não porque ela gostava dos mesmos filmes, quadrinhos e jogos de video-game que ele (Isso, ajudou, claro). Ele se apaixonou por ela porque ela olhou pra ele e viu mais que um sujeito triste e solitário. Mais do que um pouco de escárnio e cabelos bagunçados. Ela viu uma pessoa.
O Paulinho se encantou porque a Beatriz olhou pro exterior dele, e viu o interior.
Talvez o grande mal que a Beatriz fez ao Paulinho, tenha sido usar essa visão de raio X e ver um sujeito que não era bom o bastante pra merecer confiança.

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Por três vezes o Antenor decidira parar de escrever.
Em duas delas, foi unicamente por acreditar que ninguém lia, e que não fazia sentido escrever pra que ninguém lesse.
A terceira, porém, foi porque ele achou que Clarice, a pessoa pra quem ele escrevia não estava mais interessada em saber dele. Do que ele sentia e o que ele pensava.
Foi quando teve a grave suspeita de que ela estava fazendo um esforço pra exorcizá-lo de si. Dizendo às pessoas que não mais sofreria se estivesse apartada dele, que aprendera a valorizar a tentativa quase tanto quanto o sucesso, e que flertava com a ideia de deixá-lo.
Antenor viu os sinais deixados por Clarice e os interpretou. Chegou a formular uma despedida e publicá-la. Mas, para sua surpresa, Clarice, após alguns dias de distância, apareceu à sua porta, beijou-o e abraçou-o, e ele aliviado e de coração leve, revogou sua despedida.
Mal sabia o Antenor que a Clarice ainda sabia viver sem ele. E estava preparada para fazê-lo.

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