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quinta-feira, 28 de março de 2013
Rapidinhas do Capita
Ontem foi aniversário de Quentin Tarantino, um dos diretores de cinema mais cultuados de Hollywood.
O ex-balconista de locadora e rato de cinema que se tornou, não apenas realizador cinematográfico, mas uma grife ao regar histórias de violência com sangue e cultura pop, completou ontem, cinquenta invernos.
Roteirista, produtor, diretor, e o ator preferido de Quentin Tarantino, este caipira de Knoxville, Tenessee está por trás de alguns dos filmes mais maneiros das últimas décadas, sempre misturando referências a estilos cinematográficos setentistas, como o Blaxploitation de Jackie Brown(1997), os filmes de kung-fu chineses em Kill-Bill volumes I (2003) e II (2004), filmes de guerra com toques de western spaghetti, o caso de Bastardos Inglórios (2009) e o faroeste descarado de Django Livre (2012), além de produzir uma pá de filmes de Robert Rodriguez (Grindhouse, 2007) e Eli Roth (O Albergue, 2005) e ter escrito os roteiros de Amor à Queima Roupa e Assassinos Por Natureza, que viraram bons filmes na mão de outros diretores.
Tarantino, que continua sem Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor (embora tenha vencido dois prêmios da academia na categoria Melhor Roteiro, com Pulp Fiction e Django Livre) ameaça se aposentar logo, dizendo que cinema é coisa pra ser feita por pessoas jovens. Esperemos todos que ele ainda se sinta suficientemente jovem pra produzir por mais algumas décadas, e, quem sabe, perseguir aquele Oscar de Diretor.
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O Natalino gostava da Úrsula. Gostava, mesmo, de verdade. A Úrsula era bonita, divertida, esperta, e tinha um apetite sexual bem saudável. Por tudo isso ele gostava dela, de estar na companhia dela, e de conviver com ela.
Mas o que fazia o Natalino ser, realmente, apaixonado pela Úrsula, era o fato de que, durante o sexo, quando ele estava por cima, ela, ao invés de simplesmente plantar os pés sobre o colchão como fazem a maioria das mulheres, o abraçava, enlaçando as pernas ao redor da cintura dele, e acariciava-lhe sofregamente as coxas com a ponta dos pés delicados fazendo um arco.
Aquilo, que provavelmente passaria batido pra muitos, era, para o Natalino, a prova inequívoca de que a Úrsula, mesmo nos momentos mais íntimos, entre contatos suados, sussurros sem fôlego e gemidos estridentes, além de tudo o que lhe proporcionava, ainda estava disposta a lhe fazer mais um carinho.
E isso, pro Natalino, não tinha preço.
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O Caio disse que amava muito a Doroteia e que não tinha olhos pra nenhuma outra mulher nesse mundo, mas quando pousou os olhos na Fernanda, uma loura longilínea que tinha de coxa o que moças inteiras têm de altura, e que começara a trabalhar na repartição naquele dia, ele a olhou. Por Deus, como ele a olhou.
Se a expressão "comer com os olhos" não fosse figurativa, o Caio teria deixado a Fernanda, ou grávida ou em pedaços, dependendo do uso do verbo "comer" que estivesse em uso naquele momento.
Depois que a Fernanda sentou-se em frente ao seu computador, e o Caio recuperou os outros quatro sentidos, ele não pôde deixar de imaginar que se, ao contrário do que dissera à Doroteia, tinha olhos pra outras mulheres, então ele provavelmente não a amava tanto quanto supunha.
Mazelas do pensamento lógico.
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