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sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Resenha Game: Batman - Arkham City
"Há momentos na vida em que nos deparamos com jogos de video games que são tão maneiros e atendem tão bem nossas expectativas que, quando terminamos, pensamos:
'Puta merda! Por que é tão curto?!'".
Foi assim que eu comecei a minha resenha de Batman - Arkham Asylum em 12 de outubro de 2009. Hoje, pouco menos de dois anos depois, eu não posso usar essas mesmas palavras pra abrir a minha resenha de Batman - Arkham City (Embora eu tenha feito isso...), por uma única razão:
Ao contrário do game de 2009, essa sequência não é curta.
O modo history, sozinho, já ocupa várias e várias horas de jogo, comprando a versão do game que está nas lojas, tu recebe de brinde a trama paralela da Mulher-Gato, que acrescenta tempo de jogo, e o conteúdo extra do Robin, com desafios exclusivos do Garoto-Prodígio. Além da linha narrativa principal do morcegão, mais a aventura paralela da Mulher-Gato, ainda há uma infinidade de investigações secundárias para realizar. Se tu for do tipo encucado e sair atrás de todos os troféus e enigmas do Charada, a coisa vai ainda mais longe, e o tempo de jogo, assim como o fator replay, sobem a níveis estratosféricos, garantindo incontáveis horas na pele (toda arrebentada) do herói.
Na trama dessa segunda aventura, que se passa cerca de seis meses após os eventos narrados em Batman - Arkham Asylum, Quincy Sharp, o diretor da instituição no game anterior é agora o prefeito de Gotham City. Conforme descoberto pelo Batman no game anterior (Se o jogador fosse um piromaníaco desesperado que usasse três cargas de gel explosivo na parede do escritório do diretor...) ele levou adiante seus planos para remodelar o Asilo Arkham.
A remodelação consistiu em desapropriar uma grande área da cidade, erguer altos muros ao redor, e jogar lá dentro toda a escória de Gotham City, apartando-os da população geral sob a direção do vilão Hugo Strange e a vigilância da polícia particular TYGER, deixando que os vilões cuidassem de suas próprias vidas sem afetar aos contribuintes.
Não é preciso dizer que essa ideia estapafúrdia não agradou ao Batman, que, em sua identidade civil de Bruce Wayne começa uma campanha contra a prisão urbana.
Porém, conforme mostrado nos trailers, Strange descobriu a identidade secreta do morcego, e o captura, jogando-o em meio à bandidagem. Usando suas habilidades marciais, Wayne escapa dos criminosos e consegue contatar Alfred (Remediando sua estranha ausência do game anterior.), que lhe envia o traje e os equipamentos.
Aí é que o jogo começa de verdade. Batman ouve Strange falar sobre um Protocolo Dez, que se iniciará em algumas horas, e começa a correr contra o tempo para descobrir de que se trata o tal protocolo e impedí-lo.
Enquanto faz isso, o maior detetive do mundo ainda precisa lidar com criminosos vingativos como o Pinguim, o Charada, Zazs, Duas-Caras, Chapeleiro Louco, Senhor Frio, Solomon Grundy, além de um Coringa entre a vida e a morte e sua fiel Harlequina, Cara de Barro, R'as e Talia Al-Ghul e a Liga dos Assassinos, além de toda a bandidagem rasteira de Gotham City.
A jogabilidade um dos pontos altos do game anterior, permanece inalterada, o sistema de combates, porém, recebeu aprimoramentos que permitem que o Batman enfrente dúzias de adversários simultâneamente, o que, de fato, acontece com alguma frequência quando se anda por vielas sombrias apinhadas de vagabundos furiosos. Os equipamentos do game anterior retornaram, e há interessantes adições, como as granadas e raios congelantes (Cortesia de Victor Fries).
Em Batman Arkham City o estúdio Rocksteady aumenta o escopo do game anterior, segue com uma história envolvente e trama bem construída com o selo Paul Dini de qualidade, gráficos excelentes tanto nos cenários quanto nos personagens (que guardam a marca do estilo dos estúdios Wildstorm, de Jim Lee) e ótimo trabalho de dublagem, com destaque (Como de praxe) para o Batman Kevin Conroy e o Coringa de Mark "Luke Skywalker" Hammill, e entrega mais um tremendo jogo de Batman, que mostra o quanto os estúdios pisam na bola ao aproveitar super-heróis apenas em jogos caça-níqueis que saem junto com os filmes.
O público brasileiro que comprou o jogo nas lojas ainda ganha legendas em portugês brasileiro, o que, apesar de alguns errinhos aqui e ali, é sempre legal, e mostra que os bambas do mundo dos games lembram que existem gamers tupiniquins.
E que venha o terceiro Batman, e o quarto, quinto, sexto...
"-Era tudo mentira. Não há nada de errado com você.
-Gentil de sua parte dizer, mas dentre todas as pessoas, você devia saber que... Há muita coisa errada comigo."
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