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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Rapidinhas do Capita


Quando o Eugênio entrou de surpresa no quarto com um ramo de flores e uma garrafa de vinho, e viu a Guilhermina deitada na cama com aquele consolo enorme enfiado dentro de si, dando um grito de vergonha ao deparar-se com ele à porta, três coisas lhe passaram pela cabeça:
A primeira foi onde ela escondia aquele troço? Era enorme, devia ter uns sessenta e cinco, setenta centímetros de comprimento, grosso como um baguete, e vermelho vivo. Se estivesse pendurado na parede passaria por um extintor de incêndio, mas não, não havia extintor de incêndio dentro do apartamento.
A segunda coisa foi que fizera sentido o "tu não é homem o suficiente pra mim" que ela lhe dissera quando brigaram algumas horas mais cedo. Ele refletira a respeito enquanto esfriava a cabeça na rua, e chegou a imaginar que ela se referia ao fato de ele não ser um provedor típico, ou de ser um sujeito mais tranquilo, do tipo pacífico. O que o incomodou. Mas se ela se referia às dimensões de seu pênis, e o parâmetro dela era aquele negóssauro que ela não parava de puxar de entre as pernas, então, de fato, ele não era homem suficiente pra ela, e duvidava que mesmo entre atores pornôs, aberrações de circo e magos do Czar houvessem muitos indivíduos que fossem "homem suficiente pra ela.".
A terceira foi que ela levara ao pé da letra o "vai se foder" que ele esbravejara antes de sair de casa, e nesse caso, vendo-a expondo toda a sua elasticidade íntima, pensou em fazer as pazes a mandá-la tomar no cu, só pra ver o que rolava.

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E esse lance dos rolezinhos?
Mais triste que ver a gurizada da periferia se juntando em bando pra incomodar funcionários, lojistas e frequentadores de shopping ou vandalizar os mesmos, é ver psicólogos e defensores de direitos humanos justificar a prática com o discurso de inserção social.
Vi uma psicóloga e um cientista social falando que é uma forma de se inserir num meio ao qual não se tem acesso, impulsionados pelo fascínio gerado pelas letras de funk ostentação, e que impedi-los de frequentar os shopping centers é um ato fascista e perverso da burguesia capitalista...
Bom, sobre se inserir em um meio, vou contar uma história:
Eu sou pobre hoje, mas na adolescência era muito mais pobre. Pobre, mesmo. Pra piorar, como adolescente, não tinha emprego fixo sempre, muitas vezes fazendo trabalhos temporários pra conseguir um troco e comprar alguma coisa que eu queria.
Mesmo sem dinheiro, frequentava o shopping. Com amigos que não tinham muito mais dinheiro do que eu, íamos quase que diariamente ao shopping center perto de casa, visitávamos as lojas, olhávamos produtos, e só comprávamos salgadinho Doritos nas Lojas Americanas pois era mais barato que no mercado, provavelmente a única coisa pra qual o nosso dinheiro dava.
Nunca nos impediram de entrar. Nunca fomos acossados por não estar vestidos com roupas de marca, e nem constrangidos por não termos dinheiro.
Mas sempre soubemos nos comportar, mesmo em grupos de 4, 5, ou 8 moleques, como não era incomum entrarmos no shopping.
A grande diferença?
Quando íamos ao shopping olhar produtos aos quais não tínhamos acesso, nós nos comportávamos direito. Éramos educados. Não fazíamos arruaça, nem algazarra.
Talvez essa seja a grande diferença.
Sobre impedir o acesso da periferia ao shopping, só digo o seguinte, quem fala isso jamais esteve no Praia de Belas em dia de Passe-Livre dos ônibus de Porto Alegre.
O pobre não é impedido de acessar o espaço público, basta se comportar feito gente.

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Vou dar uma dica do que o Internacional deveria fazer com Ignácio Scocco, atacante argentino contratado ao Newell's Old Boys ano passado por cinco milhões de dólares, e que, no início da pré-temporada do Internacional na serra, disse que não está "na adrenalina" de jogar o futebol brasileiro:
Faça-o cumprir o contrato.
Em casa. Não deixem que vá ao Beira Rio treinar, não deixem que jogue futebol amador para não se lesionar. Não deixem que assine com outro clube.
Paguem regiamente seu salário polpudo a cada trinta dias durante os quatro anos de contrato, e deixem que ele se recupere no sofá da sala dessa falta de adrenalina.
Se vamos torrar dinheiro, que o torremos dando um exemplo.

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