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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Quadrinhos: Demolidor 6


Malditas sejam as distribuidoras, demorei uma barbaridade pra encontrar o sexto número de Demolidor nas bancas aqui em Porto Alegre (Eu amo esta cidade, mas ás vezes me irrita o fato de ela ter todos os problemas de uma metrópole e todas as mazelas de uma cidade do interior), cheguei a imaginar, angustiado, que a Panini havia parado de publicar a compilação trimestral.
Por sorte, ontem passei em uma comic shop mais ajeitadinha, e encontrei o sexto número do gibi do Demo dando sopa na prateleira.
Conforme já deixei claro nas outras cinco reviews da série, Demolidor é o melhor quadrinho em série sendo publicado no Brasil.
Sério.
As histórias medianas da série são boas, e as boas são ótimas.
Mark Waid tira de letra a tarefa de fazer quadrinhos à moda antiga, quando bastava contar uma boa história por mês e não existia a necessidade de se fazer um mega evento para chacoalhar a realidade dos personagens duas vezes por ano.
Não pense, porém, que isso significa que as histórias são paradas ou aborrecidas. Nem de longe. Encaixando uma trama na outra em forma de pequenos arcos, Waid (e sua competente turma de desenhistas) seguem mostrando a dura rotina de um advogado/vigilante cego cuja vida parece sempre destinada a piorar mas que, na visão do roteirista, ao contrário de outros tempos, não se deixa abater por isso.
Reunindo as edições de Daredevil de 31 a 36, o volume que conta com arte de Chris Samnee, Javier Rodriguez, Jasin Copland e Alvaro Lopez começa com o Demolidor ainda enredado com a hospitalização de Foggy Nelson, hospitalizado lutando contra um câncer, soterrado em trabalho no escritório onde conta com a ajuda da ex-quase-namorada Kirsten McDuffie, como se isso não fosse o suficiente, os Filhos da Serpente, o grupo supremacista branco que se enveredou pelos mais diversos ramos de Nova York, começa a usar os talentos do vilão Polichinelo para espalhar mensagens de ódio racial através da mídia, literalmente envenenando a cidade.
Após pesquisar sobre o grupo, Matt descobre que a organização criminosa tem raízes místicas, o que leva seu caminho a se cruzar com o de Stephen Strange, o Doutor Estranho, mago supremo da terra, e fazer uma viagem ao interior onde seu caminho se cruza com a Legião dos Monstros.
Não bastasse tudo isso, Matt se torna alvo de chantagem, e, disposto a tudo para manter sua consciência tranquila, e limpar as serpentes do sistema jurídico de Nova York, dá um passo em direção à uma decisão que poderá mudar para sempre a sua vida, e a vida de Foggy, à medida em que coloca o escritório Nelson e Murdock na mira da Ordem dos Advogados de Nova York.
Só posso dizer que Mark Waid deveria ser clonado e assumir todos os títulos de super-heróis da Marvel.
Eu não leio Homem-Aranha desde antes do evento Ilha-Aranha, e me dói confessar que eu não sinto falta alguma.
Demolidor atrasa por um mês e eu praticamente tenho urticária.
Por R$18,90, 132 páginas de quadrinhos de primeiríssima qualidade com capa cartão e papel WTC no miolo. Praticamente dado de presente.

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