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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Resenha filme: Homem-de-Ferro


Eu sei, eu sei, estou dois anos atrasado, mas com a chegada da sequência na sexta-feira, aliada ao fato de que revi o filme em DVD ontem e estou construindo uma réplica do mini reator ARC pra ir ao cinema na sexta, e não me ocorreu nada melhor sobre a qual escrever, me pareceu um momento propício para essa resenha, afinal de contas, estamos falando do que foi um dos melhores filmes baseados em quadrinhos da Marvel no cinema.
É interessante pensar que dois anos atrás, Homem de Ferro (O título do filme não tem os hífens que existem no nome do personagem no quadrinho...) era uma aposta da Marvel. A casa das ideias havia feito um empréstimo gigante e iria produzir os próprios filmes, pelo menos os próprios filmes de personagens da editora que não estivessem licenciados á outras produtoras, como os X-Men, o Demolidor e o Quarteto Fantástico, presos á FOX (Coitados...), e o Homem-Aranha nas mãos da Sony.
A Marvel tinha, então, a possibilidade de realizar filmes de personagens como Thor, Homem de Ferro, Hulk, que revertera á editora depois do fiasco do filme de Ang Lee, e Capitão América, entre outros. E, o primeiro personagem á ganhar uma encarnação cinematográfica direto da editora mãe seria, justamente, o Homem de Ferro.
A marvel começou acertando em cima da pinta com a escolha do diretor do longa do ferroso.
Jon Favreau, que iniciara a carreira como ator, havia realizado como diretor os bacanas Um Duende em Nova York e Zathura - Uma Aventura Espacial, provando nesses filmes, em especial no segundo, que conseguia encarar as demandas técnicas de um blockbuster cheio de efeitos especiais, mas que era capaz, também, de inserir e trabalhar os elementos de conflitos humanos, tão caros aos quadrinhos da Marvel.
O diretor estava escolhido, mas um dos fatores primordiais para o sucesso de um longa metragem é seu protagonista, e, mais uma vez, a Marvel deu um tiro certeiro.
Para o papel do alter-ego do herói, Tony Stark, um playboy bilionário, egocêntrico, sarcástico, além de inventor genial e auto-destrutivo, foi escalado Robert Downey Jr., que como ator tem seus momentos geniais e um histórico auto-destrutivo.
Completando o elenco estrelado havia ainda Gwineth Paltrow, no papel do (Nada convencional) interesse romântico de Stark, Pepper Potts, Jeff Bridges, excelente como o vilão Obadiah Stane, e Terrence Howard, como o melhor amigo de Stark, tenente-coronel James "Rodhey" Rodhes.
Sob a batuta de Favreau, esse povo contou a história de Anthony Stark, gênio da indústria bélica que lucra rios de dinheiro através do comércio de morte, desprovido de consciência Stark colhe os frutos de sua genialidade levando uma vida de nababo, com festas, mulheres e álcool. Egocêntrico e arrogante, Stark é uma pessoa consciente de sua genialidade, e faz seu trabalho sem se procupar com as consequências.
Isso até sofrer um atentado no Afeganistão, e se tornar prisioneiro do grupo terrorista Irmandade dos Dez Anéis, que demandam que Stark lhes construa uma poderosa arma de destruição em massa.
Ferido por suas próprias armas durante o atentado, Stark é obrigado a trabalhar para os terroristas, entretanto, ao invés de construir a arma que lhe foi pedida, ele passa a desenvolver uma armadura que poderá ser seu passaporte para fora do cativeiro.
Com a ajuda de Yinsen (Shaun Toub), outro prisioneiro dos Dez Anéis, Stark monta a primeira versão do traje de super-herói, e escapa dos seus algozes.
De volta aos Estados Unidos, Stark, confrontado com a realidade de seu trabalho, e temendo por seu legado decide que não quer ser lembrado como um mercador de destruição, ele decide mudar o foco de sua companhia e trabalhar em prol da paz.
Isso, porém, vai de encontro aos interesses de muitas pessoas, que não estão dispostas a abrir mão de tudo que as armas de Stark proporcionam, em especial a mais nova e poderosa delas:
O Homem-de-Ferro.
É uma premissa interessante, que poderia resultar em apenas outro filme movimentado de super-herói, mas nas mãos de Favreau e Downey Jr. se tornou um filme com humor (Afinal, um filme de super-herói não pode se levar a sério demais, como o Coringa mostrou ao Batman em Cavaleiro das Trevas), com alma, cérebro (Favreau?) e coração (Downey Jr.?), que abriu com maestria o caminho para o futuro filme dos Vingadores e fez muita gente desejar que a Marvel jamais tivesse cedido os direitos de filmagens de seus personagens pra estúdios.
Será que a sexta-feira demora muito pra chegar...?

"Me dê um scotch, estou faminto."

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