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sábado, 1 de maio de 2010
Resenha Cinema: Homem de Ferro 2
Uns dias atrás eu escrevi na minha atrasada resenha de Homem de Ferro que o filme se apoiava em dois pilares que lhe garantiram qualidade e o decorrente sucesso: Jon Favreau, o diretor, e Robert Downey Jr., o protagonista.
Após assistir Homem de Ferro 2, a óbvia sequência do hit de 2008, posso garantir que o novo filme do herói enlatado, á despeito de suas ótimas adições, mantém a fórmula essencial do sucesso, Jon Favreau segue dirigindo com maestria, e Robert Downey Jr. ainda é o coração do filme.
A trama de Homem de Ferro 2 pega o carro de onde o primeiro filme termina, a coletiva onde Stark (Downey) assume sem pudores ser o herói de armadura. Ali já somos apresentados à primeira cara nova, Ivan Vanko (Mickey Rourke, ameaçador, convincente, excelente.), filho de um antigo sócio traído pelo pai de Tony, Howard Stark, que morre esquecido e na penúria enquanto o Homem de Ferro ganha a mídia mundo áfora.
Enquanto isso, descobrimos que Tony está sofrendo efeitos colaterais de sua nova vida, por conta da tecnologia que a mantém, o reator ARK miniaturizado em seu peito, é movido á baterias de paládio, que estão envenenando seu sangue em um ritmo cada vez mais rápido, isso obriga o herói á buscar uma alternativa á fonte de força enquanto equilibra a vida de celebridade, super-herói e empresário.
Ao mesmo tempo em que Tony lida (muito mal) com a possibilidade de morte iminente, ele se vê atacado em diversas frentes simultâneamente:
Vanko inicia seu plano de vingança pessoal, enquanto outro novo personagem, Justin Hammer (Sam Rockwell, competente como sempre, brincando com violentas alterações de humor) tenta, através de uma comissão do governo dos EUA, á quem supre armamentos, se apropriar da tecnologia Homem de Ferro. Não bastasse tudo isso, os segredos de Tony começam a deteriorar suas relações com Pepper Potts (Gwineth Paltrow, tão meiga e competente como antes), e Jim Rodhes (Don Cheadle, substituindo naturalmente Terrence Howard).
Eu sei, parece um bocado de coisas acontecendo ao mesmo tempo, e há ainda Natalie Rushman, codinome de Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlett Johansson, linda), agente da SHIELD infiltrada nas indústrias Stark como secretária de Tony, além de boas cenas com Happy Hogan (Jon Favreau), fazendo valer seu salário de guarda-costas /motorista de Stark, o senador Stern (Garry Shandling), Howard Stark (John Slattery) e Nick Fury (Samuel L. Jackson), e, eu adoro ressaltar isso, essa enxurrada de personagens está lá por uma razão, para ilustrar todos os problemas com os quais Tony Stark tem que lidar depois de "privatizar a paz mundial", além de lidar com seus próprios demônios para se tornar o herói que deseja ser.
Claro, por melhor que fosse, um bom roteiro não sustentaria sozinho as duas horas e quatro minutos de projeção de um filme de super-herói, um filme desse tipo precisa de boas cenas de ação, e Homem de Ferro 2 tem isso, são pelo menos três sequências de ação de tirar o fôlego, a primeira, em Mônaco, durante o GP de Fórmula 1, a segunda quando há dois homens de ferro trocando bordoadas na mansão de Tony, e o clímax na Stark Expo 2010, quando acontece a investida final de Vanko como Whiplash.
Não se trata, porém, de um filme perfeito, ele sofre do mesmo mal de outros filmes do gênero, o terceiro ato tem uma resolução demasiado rápida, enquanto os personagens alcançam ótimos níveis de desenvolvimento (No final das contas nós conhecemos a motivação por trás das ações de todos os personagens, o que é ótimo.) o clímax do filme é algo abrupto, com muita ação, sim, mas sem a tensão que marca o restante da projeção, não que isso manche o filme, que segue sendo excelente, mas é um ponto onde ele poderia melhorar.
No final das contas Homem de Ferro 2 é uma sequência á altura de seu antecessor, ainda apoiados no carisma e talento de Robert Downey Jr. e na direção esperta de Jon Favreau, os filmes do ferroso são ótimos, valem a ida ao cinema, e vão sedimentando o caminho da Marvel no cinema, preparando terreno para Os Vingadores. Fique até o final dos créditos e você vai me entender.
"Ao contrário da crença popular, eu sei exatamente o que estou fazendo."
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