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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Resoluções?
Não fiz nenhuma resolução de ano novo. Não é o meu estilo. Ano passado acredito que tenha tentado, fiz uma ou duas. Mas não lembro quais foram, nem se as cumpri. Não importa.
As resoluções de ano novo são um mecanismo para nos dar a oportunidade de deixar pra trás o ano velho, e de abraçar o ano novo em toda a sua glória. Uma maneira de as pessoas varrerem a sujeira das bobagens que fizeram para baixo do tapete do tempo e abraçar a novidade. Arrancar a folha toda riscada do bloco do ano que passou e encarar com um sorriso no rosto, a folha branquinha do ano que se inicia.
Bazófia, claro.
Esse expediente rasteiro pode servir aos que guardam mágoa ou vergonha do que passaram. Aqueles que olham pra trás e não encontram nada de bom no ano que ficou pra trás...
Não é o meu caso. A despeito dos erros e bobagens que eu possa ter cometido no 2011 que se encerrou no sábado, ele tem ótimas memórias. Talvez algumas das melhores do todos os anos.
Não quero esquecer 2011. Não o quero debaixo do tapete.
Vou levar 2011 comigo pra sempre. Não importa o que eu faça ou onde eu vá.
Sou um sujeito difícil, de humores arredios, disposição severa e timidez quase patólogica, ser feliz, sorrir, sentir ansiedade para que algo ou alguém chegue não são facetas comuns a minha personalidade.
Em 2011 eu experimentei tudo isso.
Posso não ter aprendido a ser alegre. Posso não ter aprendido a ser tolerante. Posso não ter aprendido a ser uma pessoa melhor.
Mas aprendi como é bom saber que eu não estou sozinho mesmo à distância.
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