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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Resenha Cinema: Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros

Preciso confessar que jamais tive vontade de ler os romances de Jane Austen, como Desejo e Reparação, Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito. Assisti a alguns dos filmes que adaptam a obra da britânica, mas mesmo assim, sem lá muito interesse. Os clássicos romances da senhora Austen, na verdade, jamais me despertaram nenhum interesse.
Entretanto, a versão escrita por Seth Grahame-Smith, que adicionava zumbis à história original de Austen... Esse parecia algo divertido de se ler.
Mais divertido ainda parecia ser o segundo romance do autor no estilo mashup, este Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros, que mostrava o estoico décimo sexto presidente dos EUA como um incansável combatente dos mortos-vivos sugadores de sangue vindos da Europa.
Foi justamente esse segundo livro, que enquanto via o co-irmão Orgulho, Preconceito e Zumbis engasgar, perdendo diretor, protagonista e sendo adiado, chegou às telonas graças ao produtor Tim Burton e ao diretor Timur Bekmambetov.
O filme mostra um passado oculto de Lincoln a partir de um diário secreto do próprio, onde ele conta como dividiu sua vida entre a dedicação ao direito e à sua família, e o combate aos vampiros.
A trama acompanha Lincoln desde os nove anos de idade, quando perde sua mãe após uma discussão de seu pai com Jack Barts (Marton Csokas), proprietário de uma empresa de expedição.
Abraham se dedica aos estudos e ao trabalho até a morte de seu pai, quando finalmente parte em busca de vingança contra Barts.
É nesta tentativa de se vingar que Lincoln (Benjamin Walker, filho perdido de Liam Neeson?) conhece a verdade sobre vampiros após quase morrer nas mãos de seu alvo e ser salvo por Henry Sturges (Dominic Cooper).
Sturges ensina a Abe como caçar e matar os vampiros, e então envia o jovem à Springfield, Illinois, onde ele monta sua base e inicia sua caçada enquanto aguarda pela chance de finalmente se vingar.
Entretanto, enquanto atenta à sua vendeta particular, Abraham pode acabar se tornando parte de algo muito maior, conforme descobre que a escravidão no sul dos Estados Unidos serve a interesses muito mais sombrios do que os fazendeiros da região.
Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros é bem divertido.
A mão de Timur Bekmambetov não pesa em demasia, mas o diretor de Guardiões da Noite e O Procurado deixa sua assinatura bastante visível, em especial nas sequências de ação, repletas de sangue e acrobacias em câmera lenta, e fazendo um uso bastante satisfatório da computação gráfica além de saber dosar com estilo o efeito 3-D, que fica discreto e maneiro.
O elenco do longa, que ainda tem Rufus Sewell como o líder vampiro Adam, a delicinha Mary Elizabeth Winstead como Mary Todd Lincoln, Jimmy Simpson como Joshua Speed e Anthony Mackie como Will Johnson não deixa a desejar, e embora o início do terceiro ato do filme, já com um Lincoln cinquentão e presidente no início da Guerra Civil Americana seja um tanto arrastado, ele logo retoma o ritmo ágil e mostra um fecho bastante empolgante para o longa.
No fim das contas Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros é um filme divertido, ligeiro, menos pretensioso do que o livro que lhe serve de base e embora tenha alguns problemas de ritmo aqui e ali, consegue entreter a audiência sem maiores percalços.
Não é obrigatório no cinema, mas assista ao DVD.

"Apenas os vivos podem matar os mortos."

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