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terça-feira, 4 de abril de 2017

Resenha Série: Punho de Ferro Temporada 1 Episódio 8: The Blessing of Many Fractures


Cuidado! Há spoilers!
Punho de Ferro vinha de uma ótima sequência de grandes episódios que haviam tirado a má impressão do início arrastado e com mais cara de novelão do que de programa de super-herói, infelizmente, o oitavo capítulo deu um passo atrás em diversos aspectos.
The Blessing of Many Fractures teve viagens de avião, planos, tramas, armações e Ward nas raias da loucura após ter esfaqueado Harold até a morte e jogado seu defunto no pântano no último episódio.
Por clichê que suas alucinações sejam, não se pode negar que o personagem de Tom Pelphrey vem sendo o único capaz de rivalizar com Colleen Wing conforme a série anda, nada mal para um personagem que era parte do tripé mais xarope da série desde o início.
Enquanto Ward desesperadamente tenta se afastar do feudo Rand/Ward, Joy parece estar disposta a lutar até o último round pelo seu lugar na mesa do conselho diretor da empresa, disposta, inclusive, a usar chantagem contra a junta diretora (créditos para Jessica Jones, mencionada por Joy como fonte das fotos comprometedoras).
Enquanto os Meachum chafurdam na intriga corporativa, Danny, Colleen e Claire (sério... O que a Claire foi fazer na China com Colleen e Danny? Absolutamente despropositada a participação da enfermeira no capítulo.).
Lá, Danny está obcecado em descobrir (ou confirmar) a participação de Gao na morte de seus pais.
A invasão do Punho de Ferro e de Colleen ao armazém do Tentáculo leva a pelo menos uma boa luta do herói contra outro personagem egresso das HQs, o drunken master Zhou Cheng (Lewis Tan).
Zhou Cheng é apresentado como a face oposta de Danny Rand, com sua disposição pétrea na defesa da porta que guarda como protetor jurado do Tentáculo. Infelizmente, o personagem não tem muito tempo em cena, e praticamente se restringe à sua boa (e rápida) cena de luta e à sugestão de personalidade esboçada nos poucos minutos que permanece em cena, um bem-vindo respiro de ação em um episódio arrastado e com mais cara de sessão de terapia do que de sequência do ótimo Felling Tree With Roots.
Além de todos os problemas narrativos de The Blessing of Many Fractures, o mais problemático do episódio foi o desserviço que prestou ao protagonista. Após acenar com um crescimento genuíno do personagem, apresentado com toda a justiça, como um ingênuo heróico, que ia, aos poucos aprendendo sobre os trâmites do mundo fora de K'un-Lun. O problema é que após acenar com a evolução do personagem, pra lá do meio da temporada, a série o puxa de volta à condição de bobo manipulável, mais teimoso do que obstinado, desesperado pra dar o próximo passo sem ter pensado no caminho.
Apesar de todos esses problemas, porém, o que Punho de Ferro mostrou até aqui não chega a ser terrível, e certamente não é pior do que os piores momentos de Jessica Jones e Punho de Ferro, duas séries que, mesmo com problemas semelhantes, foram cobertas de elogios pela crítica especializada.
Faltando cinco episódios para o final, Punho de Ferro deu uma escorregada e quebrou o bom ritmo que mantinha já havia quatro capítulos.
Esperemos pra ver o que vem por aí.

"-O que seu mestre pensaria se visse você bebendo assim?
-Oh, ele insiste nisso... Veja, alguns perseguem o dragão. Eu mantenho o meu sedado. Coisas ruins acontecem se eu não faço isso."

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