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quarta-feira, 18 de maio de 2011
Poesia, numa hora dessas?
Ah, Romualdo, Romualdo... Tu que não gosta de gente, Romualdo.
Que afasta quem ainda tenta ficar do teu lado, Romualdo.
Que sente tristeza na alegria, e solitude na companhia, Romualdo.
Qual é o teu problema, Romualdo? Não sabe a sorte que tem?
Não sabe como haveria gente querendo estar no teu lugar, Romualdo?
Como tem gente sozinha e desafortunada nas lides do coração.
Que assobia uma melodia sem ter ninguém pra completar com letra a canção
Ah, Romualdo. Há lábios que queriam estar nos teus, Romualdo!
Capazes de vencer distância, e de tornar possível o improvável pra isso.
E tu, incauto, te esconde com medo. Te coloca de lado. Observa omisso.
Que vergonha, Romualdo. Que vergonha de ti e do teu medo da alegria.
Que vergonha de ti que te esconde e te afasta da coisa que mais queria.
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