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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Resenha Game: Uncharted 3 - Drake's Deception
Nathan Drake é o cara. O canastrão caçador de tesouros que nós já havíamos visto em Uncharted - Drake's Fortune e Uncharted 2 - Among Thieves retorna no terceiro capítulo dessa que certamente é uma das melhores franquias de Playstation em termos de games de aventura.
No terceiro capítulo da série nós encontramos Drake e seu mentor Victor Sullivan numa corrida para decifrar enigmas espalhados por Sir Francis Drake pela Europa e Oriente Médio, essas charadas podem levá-lo até Umbar, a Atlântida das Areias, um reino de riqueza imensurável encravado no meio do deserto.
Na mesma pista está Katherine Marlow, uma mulher que tem um passado em comum com Nate e Sully, e seu fiel escudeiro Talbot. Ambos são membros de um culto que pretende encontrar um item de grande poder oculto sob a cidade.
Para enfrentá-los Nate e Sully não estão sozinhos, eles contam com a ajuda de Chloe Frazer, egressa de Uncharted 2, e de Elena Fischer, que esteve presente nos dois games anteriores e Charlie Cutter, outro caçador de tesouros. Com a ajuda desses aliados Nathan vai tentar descobrir onde está a cidade oculta que sir Francis descobriu mas cuja localização jamais divulgou.
Após jogar os três games da franquia que, vou confessar, comecei a jogar só porque ganhei o game de presente de uma pessoa muito persuasiva, percebi que é impressionante como a série Uncharted dialoga com Indiana Jones. As grandes sequências de ação, o humor, o flerte entre o realismo e a fantasia descarada e o heroísmo do arqueólogo mais famoso do cinema são traços sempre presentes nos games da franquia, nesse terceiro episódio, aliás, esse diálogo com a série cinematográfica se torna mais evidente. Há uma sequência mostrando Nathan Drake na infância envolvido em uma empolgante perseguição em Cartagena, na Colômbia remontando à versão escoteiro de Indy, no início de A Última Cruzada.
Claro, a referência à cultuada série da Spielberg/Lucas por si só, não seguraria a onda por três premiados jogos.
A série Uncharted é cheia de méritos próprios, que começam pelo carisma dos protagonistas, em especial Drake e Sully. É impossível não se afeiçoar aos dois personagens e sua relação pai e filho pouco convencional. O trabalho de dublagem é excelente, tanto que a dublagem em português disponível no game chega a doer nos ouvidos depois que nos habituamos às vozes "verdadeiras" dos personagens. A parte gráfica do game é um disparate e faz jus a todos os prêmios empilhados por Uncharted. O cenário construído no capítulo "Abduzido", um cemitério de navios onde Drake é feito refém é espetacular, um dos mais belos cenários que eu já vi em um videogame, e culmina com uma sequência de fuga que só não é mais fantástica do que o cinematográfico desastre aéreo em que Drake se envolve mais adiante. Aliás, essa qualidade cinematográfica do game (que pode incomodar aos fãs de games sandbox, onde existe mais liberdade para fazer a trama andar conforme a disposição do jogador), talvez seja o grande diferencial de Uncharted, em várias ocasiões o player se sente assistindo a um (ótimo) filme de aventura, com o qual, em diversas ocasiões, tem a possibilidade de interagir.
Pra quem curte um bom game de aventura em terceira pessoa e sempre quis ser um pouco Indiana Jones, Nathan Drake e a série Uncharted são A pedida.
"Três balas! Como é que você conseguiu fazer isso com três balas?"
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