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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Resenha Cinema: O Vingador do Futuro


OK, vamos começar essa resenha da maneira obrigatória:
Crise criativa em Hollywood, blá, blá, blá, blá... Filmes pasteurizados para uma audiência incapaz de prestar atenção em um filme com mais de duas horas, blá, blá, blá, blá, blá... Influência nociva dos grandes estúdios interessados em lucro a qualquer custo, blá, blá, trama mais abrangente possível com referências que possam ser entendidas por analfabetos funcionais, blá, blá, blá... Diretor pau-mandado e desprovido de qualquer talento narrativo, blá, blá, blá, blá, blá.
O Vingador do Futuro mostra um planeta Terra arrasado por uma guerra química que reduziu o mundo à apenas duas regiões habitáveis, a Federação Unida da Bretanha e a Colônia.
Nesse futuro medonho o espectador é apresentado a Douglas Quaid (Colin Farrell, esforçado mas deslocado), funcionário de uma fábrica de robôs casado com uma gatona (Kate Beckinsale, linda mas chatinha, no elenco só por ser esposa do diretor) e atormentado por pesadelos recorrentes. Cansado de sua rotina maçante Quaid decide ir até a Rekall, empresa que manipula quimicamente o cérebro dos clientes de modo a oferecer a eles memórias falsas de coisas que eles não fizeram de fato.
Ao tentar gerar as memórias de ser um super espião, Quaid acaba descobrindo que na verdade é Karl Hauser, espião de verdade, e que tem um papel importantíssimo a desempenhar na luta pela liberdade dos rebeldes liderados por Matthias (Bill Nighy), ou na trama de manipulação e chacina engendrada pelo chanceler da FUB, Cohaagen (Bryan Cranston).
Com a ajuda de Melina (Jessica Biel) Quaid precisa recuperar as memórias e a identidade de Hauser, para impedir um massacre na Colônia.
Todos os defeitos que podem ser encontrados nos remakes caça niqueis que os grandes estúdios vem fazendo um em cima do outro ultimamente estão presentes nesse O Vingador do Futuro cometido por Len Wiseman. O diretor de Anjos da Noite 1 e 2 e de Duro de Matar 4.0 mostra que, ao contrário dos pokémon, não evolui, e mantém os mesmos vícios de suas incursões anteriores por trás das câmeras. O filme tem ótimos efeitos especiais, grandes sequências de ação, uma produção de arte bem intencionada, criando um cenário futurístico com a cara de Phillip K. Dick, e só.
Tudo o que o longa original, de 1990 estrelado por Arnold Schwarzenegger e dirigido por Paul Verhoeven tinha de melhor foi limado da versão 2012 do filme, que some com Marte, os mutantes (Aliás, se não há mutantes, por que existe a prostituta com três seios?) e todo o humor que o longa de Verhoeven usava com maestria.
Wiseman e seu roteiro (escrito por Kurt Wimmer, Mark Bombach, James Vanderbilt e mais uns três sujeitos...) se levam a sério demais para seu próprio bem, e contam uma história pasteurizada que não sabe rir de si mesma, resultando em um longa cansativo onde em determinados momentos tu chega a pensar que se vir outra sequência de ação em câmera lenta, mais uma expressão de ódio com olhos semi cerrados e lábios retorcidos de Kate Backinsale ou mais uma cara de aflito do Colin Farrell tu vai levantar e ir embora.
O Vingador do Futuro versão 2012 serviu apenas pra mostrar o quanto a ganância dos grandes estúdios pode ser um tiro no pé, e que Len Wiseman só é um wise man no nome.
Pule esse e assista novamente ao original.

"Se eu não sou eu, então quem diabos eu sou?"

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