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terça-feira, 12 de maio de 2015
Inimigo Íntimo
Saiu no Uol Esportes, hoje.
O Sport Club Internacional, resolveu abandonar o padrão FIFA, e remover, de trás de uma das goleiras, as cadeiras vermelhas presentes em todo o estádio.
Infelizmente, a ação da diretoria não é fruto de convicção, mas sim uma ação prática, reflexo de problemas com depredações causadas pela própria "torcida" que ocupa o espaço. Uma torcida organizada que se posiciona no local, causa dezenas de milhares de reais de prejuízo ao clube para o qual alegam torcer ao destruir as cadeiras porque gostam de ver o jogo de pé.
A despeito de as cadeiras possuírem um sistema de rebatimento automático que torna perfeitamente possível assistir ao jogo em pé na frente da cadeira, o vandalismo se tornou regra no setor.
Para se ter uma ideia do tipo de ser humano que frequenta o espaço em questão, no clássico gre-Nal realizado em agosto do ano passado, pseudo-torcedores do Inter quebraram mais cadeiras que os gremistas. Os vândalos adversários quebraram 35 cadeiras, enquanto os acéfalos de trás das goleiras quebraram 45, isso em um jogo que o Internacional venceu por 2 x 0. Nesta temporada novos registros de assentos quebrados ocorreram e motivaram uma atitude, que resultou na remoção de, até agora, 500 cadeiras atrás da goleira do placar eletrônico.
O que se dizer desse episódio?
Eu, que sou um sujeito que, historicamente, prefiro assistir aos jogos em pé, e que cheguei a comprar ingresso para a extinta "coréia" por um real nos jogos de gauchão dos anos noventa, que desprezo solenemente o que a FIFA considera padrão, e que me encontro na contramão de todos os teóricos que defendem a elitização dos estádios de futebol, só posso lamentar.
A remoção das cadeiras não atende a um pedido feito de maneira organizada e consciente por um grupo de torcedores tendo em vista algum motivo prático, mas sim ao achaque covarde de um grupo de marginais. Vândalos imbecis e desprovidos de qualquer noção de consciência que causam vultuoso prejuízo ao clube para o qual alegam torcer em nome de um desejo esdrúxulo e injustificado de auto-afirmação.
Ao remover quinhentas cadeiras de trás dos gols, a diretoria do Inter se rendeu à ação dos vândalos, cedeu vitória aos vagabundos, e escolheu os imbecis em detrimento das pessoas civilizadas.
Quem pode pensar em trazer as famílias de volta ao estádio quando o clube se curva à vontade dos idiotas? Ter um grupo de imbecis saltando atrás do gol não ganha títulos, há vizinhos para comprovar isso, que há quinze anos não levantam um caneco e sempre tem um bando correndo de encontro à mureta num espaço, ora vejam, sem cadeiras e com ingresso mais barato.
Não se deve adequar o espaço de pessoas civilizadas aos vândalos e aos imbecis, deve-se excluir os vândalos, os bandalhos, os imbecis e os idiotas do convívio das pessoas de bem. Nesse sentido, o Internacional vai na contramão da evolução do futebol.
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