Pesquisar este blog

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Sem Posse, Amor


Não quero ser teu dono, amor. A posse não me seduz. Tu bem me conhece. Sabe que eu sou um sujeito modesto, calmo, até frio, nem morno, nem quente. Não quero saber de ouro, nem prata nem da crise do ocidente.
Apenas bons filmes, boa leitura, distrações e um bom jantar. De superlativo na minha vida, amor, só tu, e o que tu me proporcionar.
De genial, o tempo que tu me cedes. De excelente, só o que tu me faz sentir. De excepcional, só o que nós fazemos entre quatro paredes. De grandiloquente, só o amor que eu sinto por ti.
Não quero ser teu dono, amor. A escravidão já era. Servitude voluntária, talvez. Só quando tu me pedir pra te beijar lá embaixo... Uma vez por noite. Ou duas, ou três...
Com recíprocas verdadeiras, e re-repetidas, escandalizando nossos lençóis, ruborizando nosso colchão, matando de inveja nossas cadeiras e se espraiando do teto ao chão.
Não quero ser teu dono, amor. Tu já deve saber que com muito menos já me contento. Não tenho paciência pra grande clamor. Propriedade não é meu intento.
Não há necessidade de ser solene, amor. O que eu quero é usufruto das benesses do teu corpo e da tua mente e da tua presença, a saber: Nada perene. O efeito deve ser imediato, e com valência enquanto eu viver.



Nenhum comentário:

Postar um comentário