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segunda-feira, 21 de setembro de 2015
A Demo de FIFA 16
A demonstração de FIFA caiu na PSN (e foi pênalti pro Corinthians) já tem um bom tempo, mas a pesada demonstração do game da EA demorou a baixar (fato catalizado pela minha impaciência pra jogar videogame nesses últimos dias), e apenas na quinta-feira passada eu comecei a jogar a "provinha" da versão 2016 da franquia.
Em uma Demo onde se pode fazer partidas exibição com Real Madrid, Barcelona, Internazionale de Milão, Manchester City, Chelsea, Borussia Dortmund, Borussia Monchengladbach, Seattle Sounders, Paris Saint-Germain e River Plate, mais as seleções femininas de Estados Unidos e Alemanha.
Quando se começa a jogar (a demo já abre com um Real Madrid x Barça, antes mesmo de te deixar escolher qualquer coisa), a impressão inicial é de que estamos jogando o FIFA 15, mas essa impressão não vai muito longe. Logo de cara se nota que a velocidade do jogo diminuiu drasticamente.
Não existe mais aquela barbada de fazer Bale e Ronaldo correrem desesperadamente pela ponta, entrarem pela lateral da área e escolherem se cruzam pro Benzema ou surpreendem o goleiro com uma finalização sem ângulo.
FIFA 16 parece um jogo bem mais cadenciado, onde trabalhar a bola e cozinhar o adversário é tão importante quanto ser capaz de fazer uma arrancada em velocidade.
Parte dessa necessidade de pensar o jogo se deve aos novos movimentos das defesas. Os zagueiros, laterais e volantes foram imbuídos com um novo arsenal de possibilidades e uma nova inteligência artificial que os torna muito mais espertos na hora do confronto com os virtuoses.
O novo sistema de recuperação chega a ser irritante nas primeiras partidas, com zagueiros que se recusam a ficar pra trás após sofrerem um drible, coberturas atentas, e cortes de passes feitos com displicência e até linhas de impedimento ensaiadas pra deixar aquele atacante mais afoito na banheira.
Os goleiros, que já haviam recebido um tapa maneiro na versão anterior, também se tornaram mais elásticos e vivos, inclusive jogando mais adiantados pra interceptarem aquela bola esticada em profundidade.
Os atacantes e meias, por sua vez, foram presentados com a possibilidade de fazer dribles sem tocar na bola, gerando aquelas fintas estilo "vai que eu fico". Além disso, a movimentação dos avantes sem a bola melhorou. Os jogadores não ficam tão escondidos atrás da zaga, se movimentando em espaços vazios para receber a pelota em condições de marcar.
Os gráficos seguem muito bons, com torcidas, uniformes, estádios, gramados e feições de jogadores "conversando entre si", a grande novidade da edição, o futebol feminino, que permite aos nerds tetudos de plantão experimentar a ideia de ter Heather Mitts, Hope Solo e Alex Morgan em suas mãos, não chega a empolgar. Ainda que as meninas tenham sido renderizadas direitinho, ficando inclusive com movimentação diferenciada dos marmanjos digitais, a verdade é que pouca gente liga pro futebol feminino (lamento, mas é fato. Assim como ninguém liga pra concursos de beleza masculinos), e um mini-torneio entre oito seleções na versão final do game não vai fazer lá grande diferença pra mudar isso, ainda que as delicadas modelos digitais sejam bem agradáveis aos olhos e estrelem uma versão consideravelmente diferente do game masculino, com nítidas alterações em fundamentos como força, velocidade, resistência e controle de bola.
Como de praxe, a série não parece ter investido em grandes mudanças, até porque, em time que está ganhando, não se mexe, e não há porque reinventar a roda.
Enquanto o game não sai em sua versão integral, a impressão que dá é que FIFA seguirá firme na tentativa de apenas aparar arestas, mantendo uma fórmula que já se provou consagrada.
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