Hoje estréia X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido, sétimo filme da franquia mutante (incluindo-se os filmes solos de Wolverine) que vai marcar o encontro das duas gerações de X-Men nas telonas ao unir membros elencos dos filmes de X-Men, X-2 e X-Men 3 e de X-Men - Primeira Classe no que promete ser "Os Vingadores com mutantes".
Antevendo a aguardada estréia do X-Filme do ano, vamos dar uma rápida repassada nos filmes anteriores da série:
X-Men - O Filme (Bryan Singer, 2000)
Blade, filme baseado em um herói de terceira linha da Marvel e estrelado por Wesley Snipes havia sido um sucesso razoável de bilheteria. O Batman da DC, apesar das medonhas adaptações de Joel Schumacher ainda tinha bala na agulha, e dava dinheiro. Por que, então, parecia tão difícil capitalizar em cima dos heróis da Marvel no cinema?
Os produtores Tom DeSanto e Lauren Schuler-Donner devem ter se perguntado a mesma coisa, e resolveram apostar junto com a FOX em personagens queridos do público em geral e que já haviam mostrado que tinham fôlego além dos quadrinhos.
Os X-Men, nascidos de um gibi de super-grupo que traçava paralelos com o preconceito à minorias e as mudanças que a adolescência acarreta, eram estrelas de uma série animada de grande sucesso na TV norte-americana, se alguém, além do Homem-Aranha e do Hulk, tinha demonstrado ser capaz de segurar a peteca além da nova arte, eram os pupilos do professor Xavier.
O problema é que ajuntar os elementos necessários para tornar um filme de X-Men real se mostraria uma tarefa tão desafiadora e cheia de percalços quanto a vida dos mutantes nos gibis.
O primeiro passo, porém, foi muito acertado. O diretor contratado para comandar a adaptação foi Bryan Singer. O jovem cineasta que tinha filmes como Os Suspeitos e O Aprendiz num cartel gritava "Suspense" aos sete ventos era a pessoa mais indicada para tornar o longa metragem mais do que um festival tosco de pirotecnia gratuita. O roteiro de David Hayter foi praticamente reescrito por Singer e DeSanto para tornar o duelo entre os X-Men do Professor X e a Irmandade de Mutantes de Magneto tanto uma luta física quanto um conflito de ideais que emulava Martin Luther King e Malcom X.
Tão trabalhoso quanto escrever o roteiro foi finalizar o elenco. Primeiro grande filme a conviver com o escrutínio constante da internet, X-Men era pichado a cada decisão. Ian McKellen era velho demais para ser Magneto, os uniformes de couro preto eram idiotas, o capacete de Magneto era feio, Ciclope tem cara de bundão, a peruca da Tempestade não convence...
Quando as coisas estavam pra começar a andar, pouco antes do inícios das gravações, Dougray Scott, escalado para interpretar o Wolverine no filme, se lesionou fazendo uma cena em Missão: Impossível III, e não poderia estar no filme.
Bryan Singer queria adiar o início das gravações, mas foi impedido pela produtora, com o relógio correndo, o orçamento apertado e a necessidade de começar logo a gravar, não houve alternativa ao diretor a não ser escalar um substituto.
Surgia Hugh Jackman.
O legendário teste de cena com Anna Paquin (que está no DVD do filme), intérprete de Vampira, deu o papel ao desconhecido ator australiano, que se juntou a Patrick Stewart (professor X, provavelmente a única unanimidade do elenco), Famke Jansen (Jean Grey), Halle Berry (Tempestade) e James Marsden (Ciclope) do lado do bem, e McKellen, Rebecca Romijn-Stamos (Mística), Ray Park (Groxo) e Tyler Mane (Dentes-de-Sabre) para contar a história de como cabia aos X-Men impedir que Magneto transformasse autoridades do mundo todo em mutantes para tornar a causa do homo superior a causa dos líderes das nações da Terra.
Longe de ser um filme perfeito, X-Men contou uma boa história, soube centrar fogo nas interações entre os personagens, e acertou a mão ao usar Wolverine, o mutante mais popular do mundo como os olhos da audiência enquanto entrava no mundo dos pupilos de Xavier.
Com um orçamento de 75 milhões de dólares, X-Men - O Filme faturou mais de 296 milhões mundo afora, garantindo a sequência que chegaria três anos depois...
"-Vocês saem mesmo vestindo essas coisas?
-Bem, o que você preferiria? Colante amarelo?"
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