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sábado, 15 de agosto de 2015
Resenha Cinema: Missão: Impossível - Nação Secreta
De quatro em quatro anos, mais ou menos, Tom Cruise aparece nas telonas do cinema para mostrar que "impossível" não é uma palavra que tenha espaço no dicionário de Ethan Hunt.
Desde 1996 (minha nossa... Quase 20 anos.) Ethan Hunt e a Mission Impossible Force dão as caras para mostrar que James Bond não está sozinho no mundo.
Embora o filme de Bryan dePalma lá de 96 seja incensado como o melhor da franquia, devo dizer que meu favorito era o Protocolo Fantasma. Eu realmente gostei da irreverência que Brad Byrd empreendeu ao longa, que aprendeu a rir de si mesmo e dividir a ação entre a equipe sem tirar os holofotes de Cruise (claro que ter a épica Paula Patton no elenco não fazia mal algum...). O quarto filme da franquia estava até na minha lista de filmes favoritos de 2011, de modo que, com boa parte do elenco retornando para o quinto filme, que teve um trailer excepcional apresentado alguns meses atrás, ficava difícil não estar ansioso pra conferir a nova missão impossível de Hunt e seus amigos.
Na direção, saiu Byrd (que preferiu fazer Tomorrowland), e entrou Christopher McQuarrie, roteirista de Os Suspeitos (Keyser Sose, motherfucker. Keyser Sose) e diretor do bom Jack Reacher - O Último Tiro, e do excelente No Limite do Amanhã, que escreveu a história ao lado de Drew Pearce (de Homem de Ferro 3).
No longa, Hunt e Benji Dunn (Simon Pegg)estão em Minsk, na república de Belarus, tentando impedir um grupo de separatistas de fugir do país com uma carga de gás de nervos supervisionados pelo agente William Brandt (Jeremy Renner). Com a ajuda de Luther (Ving Rhames) e uma proeza suicida ao melhor estilo Cruise, eles conseguem.
Esse sucesso, no entanto, parece não ser suficiente para convencer o chefe da CIA Alan Hunley (Alec Baldwin) e uma comissão do senado dos EUA de que a IMF é necessária.
Na verdade, os malditos burocratas acreditam que a agência de Hunt, Brandt e companhia é desleixada, desnecessária e tem mais sorte do que juízo, e decidem dissolver o grupo no exato instante em que Hunt é confrontado pelo Sindicato (que fora brevemente mencionado na reunião do time no final de Protocolo Fantasma e era a grande antagonista na série de TV), uma nação secreta de agentes especiais altamente treinados para fazer exatamente o contrário do que o IMF faz.
Hunt é capturado pelo Sindicato, mas consegue escapar com a ajuda de uma agente inimiga, Ilsa Faust (a deliciosamente atlética e lânguida Rebecca Ferguson, que parece ter um outdoor de néon sobre a cabeça piscando "Femme Fatale"), apenas para descobrir que agora sua agência não existe mais, e ele está descreditado, sem apoio logístico, técnico ou financeiro.
Cabe a Hunt, com a ajuda de seus colegas mais leais e mais a imprevisível Ilsa Faust, tentar impedir que os planos nefastos do Sindicato obtenham sucesso, enquanto são procurados pela CIA numa volta ao mundo que passa por Viena, Casablanca e Londres.
Pode-se falar tudo de Missão: Impossível, menos que os filmes não são divertidos. Eu duvido que alguém saia insatisfeito do cinema após ver um filme da série se souber do que se trata. Missão: Impossível é garantia de entretenimento de primeiríssima qualidade, alguns filmes são melhores, outros, nem tanto, mas todos funcionam, e esse Nação Secreta certamente se perfila entre os melhores capítulos da franquia, e parte desse êxito deve-se ao fato de que Missão: Impossível - Nação Secreta sabe exatamente que tipo de filmes quer ser, uma matiné de espionagem divertida, e sucede em sê-lo.
Usando e abusando dos mais variados clichês da série para criar reviravoltas e mais reviravoltas, chegando a flertar com a auto-paródia, mas sem jamais esquecer de manter o foco, Missão: Impossível - Nação Secreta é uma divertidíssima montanha-russa de cinema de aventura, e, como todas as películas anteriores, merece a visita ao cinema.
"Tempos desesperados, medidas desesperadas..."
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