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quinta-feira, 24 de março de 2016

Resenha Série: Demolidor Temporada 2 - Episódio 11: .380


O nível havia caído suavemente no episódio anterior, conforme muitas tramas paralelas tomavam tempo simultaneamente quebrando o ritmo da história, mas em .380 as coisas voltaram aos eixos e Demolidor ascendeu novamente ao altíssimo nível de toda a segunda temporada.
O episódio já abre com a ótima sequência da invasão do Tentáculo ao Hospital Metro General, onde os ninjas assassinos vão para recuperar os adolescentes drenados no misterioso ritual d'A Fazenda.
A sequência de luta do Justiceiro contra os ninjas, que culmina com o resgate aéreo de Claire é excelente.
Enquanto Matt enfrentava ninjas, Karen enfrentava um depoimento da polícia após sobreviver a um "ataque do Justiceiro". Na verdade, como vimos no episódio anterior, Castle de fato salvou Karen de ser morta pelo tal Blacksmith, que estava tentando incriminar Frank e, ao mesmo tempo, amarrar as pontas soltas do assassinato da família Castle.
Isso junta Karen e o Justiceiro para uma investigação conjunta e busca de pistas que os levem ao misterioso traficante.
Com a vida de Karen em risco, o Demolidor deixa o Tentáculo momentaneamente de lado para, ele próprio, empreender uma investigação pelo submundo atrás do responsável pela morte da família de Frank, e também pelo atentado à Karen e pelo ferimento de Foggy.
No Metro General as coisas também se complicam já que, após uma polpuda doação de fundos, a administração do hospital parece disposta a varrer pra debaixo do tapete o ataque do Tentáculo (e o fato de que um dos ninjas responsáveis pelo ataque parecia já ter sido morto antes), um acobertamento que é a gota d'água para Claire.
Enquanto o Justiceiro usa a si próprio e a Karen como iscas para obter informações sobre o Blacksmith, Matt consegue as suas através de outra egressa da primeira temporada:
Madame Gao (Wai Ching Ho).
A traficante de heroína do conluio do Rei do Crime é a maior prejudicada pela ascensão do Blacksmith, e Matt não precisa realmente torcer o braço da velha para conseguir fazê-la falar.
Os dois vigilantes voltam a se encontrar no clímax do episódio, no píer 41 do porto de Nova York, onde uma grande remessa de heroína está chegando para o Blacksmith.
Mas será que o sujeito que vem se mantendo fora do radar da polícia de Nova York, da promotoria e até das outras gangues, é tão fácil de encontrar?
Em .380 encontramos o ponto mais próximo do equilíbrio de Penny and Dime. A ação é explosiva, com boas cenas de luta, as tramas andam paralelamente sem se sobreporem, há sequências de violência feroz como a luta de Frank contra os assassinos na lanchonete e momentos de genuína emoção.
É interessante como Jon Bernthal e os roteiristas e produtores conseguiram tornar o Justiceiro um personagem tão rico.
Da carranca enxovalhada de Frank Castle saem ameaças veladas, xingamentos desdenhosos, relatos de partir o coração e palavras de sabedoria, tudo com a mesma naturalidade.
A conversa dele com Karen na lanchonete, quando ele fala a respeito de amor, e de como apenas quem está próximo o suficiente é que pode te magoar é belíssima. Da mesma forma, quando Matt, claramente desgostoso com a forma como a lei atua após ver Wilson Fisk comandando a prisão e a promotoria pública acobertando os próprios erros, aventa a possibilidade de permitir que Frank mate o Blacksmith, "só dessa vez", é o proprio Justiceiro quem avisa ao advogado que essa é uma linha que se cruza apenas uma vez.
Pra fechar o capítulo, o misterioso ritual do Tentáculo chega ao seu pico, com os jovens alimentando o que quer que seja o misterioso jarro com sangue, e a desavença entre Elektra e Stick alcança um ponto extremo.
Faltando dois episódios para o fim da temporada, algumas relações se estreitam enquanto outros laços são rompidos, e haja fôlego para o que vem pela frente.

"-Sabe qual é o problema com mártires? Os melhores acabam mortos."

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