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sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Resenha Série: Luke Cage Temporada 1: Episódio 4: Step In The Arena
O violento ataque de Boca de Algodão no episódio 3 se mostrou particularmente ineficiente contra Luke Cage e até mesmo contra a senhora Connie.
Quando o episódio 4 começa, nós descobrimos que Luke obviamente sobreviveu, e também a proprietária do restaurante Genghis Connie, protegida pelo herói.
Enquanto os bombeiros e a polícia, na forma dos detetives Misty Knight e Rafael Scarfe investigam a explosão do prédio, sob os escombros, nós somos levados em uma viagem ao passado de Luke Cage...
Ou melhor, de Carl Lucas.
Um ex-policial (ao menos é o que é dito ao longo do episódio, mudando diametralmente a história original do personagem, que deixa de ser um membro de gangue para se tornar um agente da lei preso injustamente...) encarcerado na prisão de Seagate, na Geórgia, onde planeja de manter ao largo de toda a escória de prisioneiros e cumprir sua pena de maneira contrita e silenciosa.
O único sopro de esperança para Lucas na prisão é a psicóloga Reeva Connors (a bela Parisa Fitz-Henley).
Infelizmente, Seagate não é apenas Reva.
O chefe dos carcereiros Albert Reckham (Chance Kelly) organiza uma arena de lutas no porão da penitenciária, e logo percebe que Luke é o tipo de prisioneiro de que ele precisa:
Um gladiador.
Sob ameaças contra si próprio, seu amigo Pavio Curto (Craig MuMs Grant, de OZ), e Reva, Lucas não tem alternativa, exceto aceitar a chantagem do guarda e participar da arena.
Quando finalmente decide parar de lutar, Carl é brutalmente espancado pelos capangas de Rakham (Shades, é um deles).
Com a vida de Lucas pendendo por um fio, Reva implora que o médico da prisão, doutor Noah Burstein o salve de qualquer maneira.
O banho de imersão química que deveria salvá-lo, porém, dá errado após uma visita inesperada, e o resultado é a pele impenetrável e a força ampliada que conhecemos em Jessica Jones.
Com seus novos poderes, Lucas escapa da prisão, reencontra Reva, e formula sua nova identidade disposto a deixar o passado para trás.
Repleto de easter eggs que vão da roupa clássica de Luke Cage até o pen-drive que causou a morte de Reva em Jessica Jones, o episódio teve, como ponto alto, o fato de se focar mais em Luke Cage.
No review do episódio 3 eu havia dito que Luke era o personagem menos interessante de seu próprio programa, e Step In The Arena, se não consegue mudar isso, ao menos demonstra esforço nessa direção.
Mike Colter se esforça para tornar Luke um personagem crível e com amplo espectro emocional. Nem sempre sucede, porém, suas cenas de desespero na prisão, por exemplo, não são nem remotamente convincentes, entretanto ele demonstra genuína química com Parisa Fitz-Henley, e é a relação dos dois o ponto alto do capítulo.
Mais do que isso, é interessante notar que, embora tenha feito o bê-a-bá da origem super-heroica através de hiper-exposição, o episódio ofereceu algumas questões interessantes que permaneceram sem respostas:
O que havia no pen-drive que causou a morte de Reva?
O que ela fazia antes de ser psiquiatra e o quão inteirada das experiências em Seagate ela estava? De que modo Luke foi incriminado, e por que?
Todos esses cliffhangers se empilham ao fim do episódio que mostra que o período sob os escombros de Genghis Connie (eu adorei o nome desse restaurante) solidificaram ainda mais os propósitos de Luke, dando um passo adiante em sua jornada heroica.
Um respiro bem-vindo em meio à confusão com Boca de Algodão, Mariah Drillard, Misty e companhia, Step In The Arena deu um insight bacana na personalidade de Luke Cage, e pôs o holofote sobre o protagonista para variar um pouco.
"-Obrigado por salvar minha vida.
-Obrigada por mudar a minha."
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