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terça-feira, 9 de maio de 2017
Resenha Série: Deuses Americanos. Temporada 1 Episódio 1: The Bone Orchard
A Netflix mudou diametralmente a minha relação com séries de TV.
De maneira tão profunda que eu me flagrei acompanhando quatro ou cinco séries simultaneamente, à certa altura. Algo impensável pra um sujeito que, normalmente, acompanhava só uma série de cada vez, mesmo notando potencial em outros programas.
É o conforto de, ao invés de precisar me sentar diante da TV sempre no mesmo dia, na mesma hora pra acompanhar um episódio, eu escolher a que horas vou ver, onde, e, muitas vezes, quantos episódios.
Eu só assinei a Netflix por causa de uma série. Originalmente meu plano era assistir Demolidor e depois cancelar minha assinatura. Mas desisti.
Assisti Breaking Bad, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro, e tenho acompanhado Better Call Saul e House of Cards, além de, volta e meia, fazer um revival de séries antigas disponíveis no catálogo.
Sim... A Netflix mudou diamentralmente a minha relação com séries de TV.
Tanto que, no final de semana, resolvi me associar a outro serviço de streaming digital, o Amazon Prime Video, especificamente para assistir Deuses Americanos, produção original da Amazon em parceria com o canal norte-americano Starz que adapta o romance de mesmo título do papa Neil Gaiman, responsável por coisas como Sandman e 1602, e após ver os dois primeiros episódios da série, posso garantir que valeu totalmente a pena.
O primeiro episódio da série, The Bone Orchard, após uma interessante (e sangrenta) vinheta que mostra vikings chegando à América muito antes de Erik o Vermelho trazendo consigo seu deus, nos apresenta Shadow Moon (Ricky Whittle).
Shadow tenta sobreviver à prisão, cumprindo os últimos dias de sua sentença sonhando com o momento em que irá voltar para casa e reencontrar sua esposa, Laura (Emily Browning). Ele mantém a cabeça baixa, se exercita e mantém foco no reencontro com sua mulher.
Faltando cinco dias para terminar sua pena, ele recebe a notícia de que será liberado antes em vista da morte de Laura.
Sim.
Poucos dias antes de sua soltura, Shadow perde sua esposa.
E essa é apenas a primeira da série de más notícias que ele recebe conforme sai da penitenciária.
Outra coisa que acontece com frequência após ele deixar a prisão são encontros fortuitos com um misterioso viajante chamado Quarta-Feira (Ian McShane).
O Sr. Quarta-Feira parece ser o catalisador de uma sucessão de situações surreais que Shadow vivencia conforme aceita uma oferta de emprego do sujeito para conseguir chegar em casa a tempo de estar presente no enterro da esposa.
O que Shadow Moon não sabe, é que ao aceitar o trabalho de Quarta-Feira, ele está dando um passo para dentro de um mundo que desconhece, e tomando partido em uma guerra que se inicia entre poderes além de sua compreensão.
Fazia muito tempo que eu não via um primeiro episódio tão bom em uma série.
The Bone Orchard é sensacional em sua execução, cheio de mistérios e perguntas cuja falta de respostas não é frustrante, mas excitante, nos fazendo ansiar pelo próximo episódio.
A química entre Whittle e McShane funciona bem pra mais de metro (anida bem, já que parece que a relação dos dois fará a trama andar), e todo mundo que aparece em cena oferece algo mais para a trama e para o mundo colorido e estranho engendrado por Gaiman e os produtores Brian Fuller e Michael Green, da viúva do melhor amigo de Shadow, Aubrey (Betty Gilpin, devorando cada frame em cena com gosto) ao sinistro Technical Boy de Bruce Langley, que parece um fugitivo de A Laranja Mecânica, passando pelo insano Mad Sweeney de Pablo Schreiber e a sensacional Bilquis de Yetide Badaki, dona de uma cena de sexo tão quente quanto perturbadora.
Com uma arrancada poderosa e visualmente sensacional, Deuses Americanos acerta a mão de maneira inapelável.
Difícil vai ser aguentar uma semana para ver cada episódio seguinte.
"-Há duas coisas que você precisa saber sobre mim: Eu durmo em qualquer lugar, à qualquer hora. E, no devido tempo, eu sempre consigo o que eu quero."
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Ai meu velho, tinha perguntado no post do seriado mas acho que tu não viu, então aproveitar que tu tocou no assunto aqui
ResponderExcluirvai ter review da season 3 de better call saul?
Vlw !
Vai, sim. Mas eu acho que vou fazer review da temporada, e não de cada capítulo, como fiz com Game of Thrones, House of Cards e a própria Better Call Saul ano passado.
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