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terça-feira, 20 de março de 2018
Resenha Série: Jessica Jones, Temporada 2, Episódio 5: The Octopus
O quinto episódio da temporada de Jessica Jones chegou para deixar claro que a falta de um antagonista forte traz miséria para qualquer série de super-herói. Após cinco horas de sofrimento e conversa-fiada sem um vilão de respeito, a segunda temporada do seriado começa a escorregar no aborrecimento deixando difícil acompanhar o programa sem piscadas mais longas de quando em quando.
Enquanto Jessica segue investigando o paradeiro da misteriosa mulher com super-poderes que quase a incriminou na morte do investigador a serviço de Pryce Cheng, o que a leva a passar-se por terapeuta em um manicômio judiciário com a ajuda dos dotes artísticos de Oscar, o zelador, Trish Walker e Jeri Hogarth começam a escorregar nas suas ambições, dramas e neuras pessoais.
A radialista assume que estar com Griffin não é o suficiente para ela. Ela deseja mais: Ela quer ser Griffin.
Trish almeja abandonar seu passado de estrela infantil abusada e viciada em drogas e ser uma jornalista respeitada e intrépida que entra em zonas de guerra e expõe a verdade doa a quem doer exatamente como seu namorado faz.
Alias, Griffin, no final das contas, era um bom sujeito. Suas incursões escusas ao computador e celular de Trish não tinham nenhuma agenda maliciosa, eram apenas formas de o jornalista boa-pinta encontrar contatos antigos da ex-Patsy e planejar um pedido de casamento com a pompa e a circunstância que a ocasião merecem.
O problema é que, no momento, o grande barato de Trish é usar o inalador de Simpson e se sentir a pica das galáxias enquanto mete a porrada em todo mundo o que, sejamos francos, não chega a ser material de excelência jornalística...
Enquanto isso Jeri Hogarth resolveu acolher a enfermeira Inez. Obviamente Jeri não o fez por ter bom coração ou para fazer um favor a Jessica. Não. Jeri ficou bastante interessada no redesenho genético da IGH, uma terapia que, ela acredita, seja a sua melhor chance de evitar o destino que sua recém descoberta doença inevitavelmente lançará sobre ela.
O rumo de ação escolhido por Jeri é mais um sinal óbvio do desespero da advogada já que não é necessário ser um detetive particular pra perceber o tamanho do potencial de desastre que ele envolve, ainda assim, Carrie Anne-Moss segue como o grande destaque de uma temporada que se aproxima de sua metade cozinhando em fogo baixo e passos de lesma em direção a sabe-Odin-o-quê, já que, até aqui, o desenrolar da trama ainda não deixou claro quem é o inimigo a ser combatido.
Com cada um dos personagens seguindo suas próprias pistas em direções separadas, The Octopus provavelmente foi o pior episódio da temporada, e o que mais se ressentiu do péssimo ritmo narrativo e da falta de ação, já que não se aproveitou nem mesmo da boa dinâmica que os personagens têm entre si.
No final do capítulo, Jessica consegue rastrear a misteriosa super-poderosa e o "doutor Karl" (Callum Keith Rennie, de Warcraft), um dos idealizadores do projeto de redesenho genético do IGH, e encerra o episódio com Jessica "amadorismando" gravemente para uma detetive experiente, e um cliffhanger que promete, finalmente, colocar um pouco de ação no seriado e a trama pra andar.
Já não era sem tempo...
"A assassina é descuidada, age pela emoção. Temos isso em comum."
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