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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Resenha Série: Luke Cage, Temporada 2, Episódio 5: All Souled Out


Após ser intimado e informado de que está sendo processado por Cockroach, Luke aparece na presença do detestável advogado Ben Donovan (Danny Johnson) na companhia de seu próprio conselheiro legal:
Foggy Nelson (Elden Henson) em pessoa.
Eu preciso dizer, sinto muita falta de Demolidor, pra mim, segue sendo, disparado, a melhor série da Marvel/Netflix, seguida, com alguma distância, por O Justiceiro, se é pra ter três séries da Marvel por ano, deveria ser Demolidor e mais duas, então, gostei de ver Foggy no episódio. É exatamente esse tipo de coisa que faz valer a pena ter um universo compartilhado de personagens. Não precisar explicar o passado de Foggy e Donovan (advogado do Rei do Crime), ou porque Foggy sugere a Luke que utilize uma máscara para combater o crime...
De qualquer forma, Luke acaba descobrindo que, se for ao tribunal, provavelmente será pitado como um vigilante brutal que age fora da lei, tem problemas de temperamento e é capaz de arremessar um Fusca.
Isso lhe deixa com a opção de fazer um acordo financeiro com Cockroach, no valor de cem mil dólares.
Para levantar essa quantia, Luke pensa em aceitar o patrocínio da Nike aventado por Bobby Fish, e que não é mais uma opção após a surra que Luke levou de Bushmaster ser mostrada pro mundo inteiro, em jogar futebol americano, o que ele descobre não ser possível, já que seus poderes não são naturais (o que me fez pensar que, após a fusão entre Disney e Marvel poderemos ter mutantes nos esportes do MCU?), e até em participar de uma série documental estilo Bear Grylls onde ele seria levado pra enfrentar animais selvagens. Com isso, Luke resolve seguir o conselho de Foggy e aceitar participar de festas e eventos por dinheiro.
Seu primeiro cliente? Raymond "Piranha" Jones.
O banqueiro de Black Mariah e Shades está comemorando a fortuna que está levantando após a fusão da Atreus Plastics, e se dispõe a pagar cento e cinquenta mil dólares a Luke pela presença do herói do Harlem em sua festa.
Aqui, há que se destacar que as presenças de Chez Lamar Shepherd e Elden Henson no episódio trouxe uma leveza extremamente bem-vinda à série, especialmente na sequência da festa. O jeitão de de vendedor de carros usados de Piranha e a calma nerd de Foggy balanceiam bem a fachada estoica de Luke, e eu francamente acho que a série poderia se valer muito de mais interações como essa em seus episódios vindouros. Seria pedir demais que Piranha se tornasse o Leo Getz de Luke Cage?
Enfim, enquanto Luke curte um bico como Herói de Aluguel (êêêêêêêê, finalmente!!!), Misty voltou a ter alguma coisa de interessante para oferecer.
Além de finalmente ganhar seu braço-mecânico, algo pelo qual os fãs provavelmente estavam esperando desde que ela levou um tiro no braço na primeira temporada, a detetive Knight teve uma boa série de cenas de flashback mostrando sua relação com o detetive Rafel Scarfe (Frank Whaley).
As sequências em questão mostraram uma boa mistura dos bons momentos que ela viveu tendo Scarfe como seu parceiro e amigo, ao mesmo tempo em que deixou claro o quanto o fato de Scarfe ser um policial corrupto foi danoso para ela. Esse conflito bastante humano também é uma coisa da qual a série poderia se servir mais.
Enquanto isso, tivemos um bocado de Mariah, Comanche e Shades. O segmento do trio de criminosos talvez tenha tanto tempero por sua imprevisibilidade. Enquanto nós sabemos que Luke vai ficar bem, não apenas porque sua pele é impenetrável, mas também porque ele é o protagonista do programa, o pessoal do Harlem's Paradise está meio que por conta própria. No sétimo episódio qualquer um deles pode ser arremessado de uma janela, apunhalado, baleado ou esmagado. Há muita coisa em jogo para esses personagens, e as coisas podem seguir qualquer direção. Bushmaster pode entrar por uma janela e decapitar Mariah como ele fez com um bocado de gente nesse capítulo.
De qualquer forma, Luke Cage ainda não alcançou os melhores momentos de sua primeira temporada, tampouco chega perto de Demolidor, mas ao menos parece ter encontrado consistência. Após um vagaroso quarto episódio, a série deu mais uma acelerada. Esperemos que continue acelerando, aou, pelo menos, se mantenha assim.

"-Sempre haverá sangue nas ruas."

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