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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Espaço


O universo é muito grande. Há quem diga que é infinito, mas eu não boto fé. Ainda acho que, em algum canto, o universo tem uma parede preta com estrelas pintadas, se bobear tem alguém sentado lá, torcendo pra ninguém chegar naquela parte só pra não ser obrigado a se explicar. De qualquer forma, o universo é grande. Só de espaço visível, estima-se que o bicho tenha quatorze bilhões de anos-luz. É um monte. Isso sem contar a parte que não podemos ver, pois, supõe-se, o universo esteja em constante expansão a sabe Deus quantos parsecs por dia. Um parsec, é uma medida que equivale a 3,26156 Anos-Luz. Eu nem sei estimar o que esse número significa, apesar de saber que um ano-luz é mais ou menos dez trilhões de quilômetros. Se eu manjasse de matemática seria astro-físico, pois eu adoro esses bagulhos, mas odeio cálculo...
Enfim, eu me distraí, mas o ponto aqui é, com o universo desse tamanho, quatorze bilhões de anos-luz, 140000000000000000000000 (que seriam cento e quarenta sextilhões) de quilômetros, e isso só de espaço visível! Fora os parsecs e mais parsecs de espaço invísivel, oculto, em expansão, ou as dez dimensões da teoria das supercordas (Que já foram vinte e seis!), e a teoria dos Muitos Mundos, e seu multifacetado multiverso habitado por versões de nós mesmos, com tudo isso, com todo esse universo, multiverso e o escambau, como é que a gente pode reclamar da distância?
Nós estamos na mesma dimensão. No mesmo sistema estelar. No mesmo planeta. Nós nos encontramos, e, contrariando nossos instintos naturais, não nos encolhemos e seguimos nosso caminho. Demos uma paradinha. Olhamos em volta. Nos aprochegamos... Claro... Podia ser mais fácil, mas ah... Quem quer moleza senta na gelatina. A gente não precisa disso, a gente aguenta o tranco. Com nós é lightsaber na caveira.

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