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sábado, 7 de abril de 2012

Resenha DVD - 50%


Feriado da sexta-feira santa, Porto Alegre deserta, trabalho no dia seguinte, como tornar menos modorrenta a noite em casa? Um filme é sempre uma boa pedida. Cinema? Era a minha escolha inicial, mas como o filme que eu queria ver, Jovens Adultos, não estreou em Porto Alegre (malditas sejam, distribuidoras!), me sobrou uma passada na locadora.
Lá encontrei esse 50%, estrelado por Joseph Gordon-Levitt, e que ainda tinha no elenco Seth Rogen, Anjelica Houston, Bryce Dallas Howard e Anna Kendrick. Como não havia lido muito a respeito do filme e curto o trabalho dos atores do elenco, resolvi arriscar.
Grata surpresa.
50% narra a história de Adam Lerner (Gordon-Levitt), um jovem normal de 27 anos que trabalha em uma rádio, tem uma namorada linda (Howard), um amigo inseparável (Rogen), e uma mãe super protetora com quem evita falar (Houston), sua vida, porém, sofre um tremendo abalo quando Adam descobre que sofre de um raro e agressivo tipo de câncer cuja taxa de mortalidade é de 50%.
A partir daí nos acompanhamos Adam enquanto ele lida com a aceitação de sua doença e seu tratamento, e como essa condição afeta não apenas ao protagonista, mas a todos aqueles que o cercam. Vemos Adam sofrendo os efeitos da químioterapia, tentando se habituar aos efeitos tanto da doença quanto do tratamento, conhecendo outras pessoas que sofrem do mesmo mal, tentando levar sua vida de maneira mais normal possível e fazendo terapia com Katherine (Kendrick), a jovem psiquiatra que lhe é designada pelo hospital.
Filmes sobre doenças, de modo geral não apresentam grandes novidades. Não é diferente com esse 50%, as apologias e lições sobre valorizar a vida, não deixar passar oportunidades e a importância de se ter pessoas que o amam por perto que estão em todos os demais longas sobre temas semelhantes se fazem presentes basicamente nos mesmos momentos em que aconteceriam em qualquer outro filme. Os maiores trunfos de 50% são o elenco, muito bom e, por estranho que possa parecer, o fato de o diretor Jonathan Levine fazer o longa, uma dramédia indie com direito à cinematografia meio chapada, a trilha sonora espertinha e tudo mais, funcionar basicamente dentro da estrutura de uma comédia romântica.
É quase um Quero Ficar com Polly com câncer e mais talento. Sem se levar excessivamente a sério, nem carregar demais nos tons dramáticos, 50% consegue fazer rir (Principalmente com o "amigo podrão" Seth Rogen) e emocionar, e embora dificilmente seja um filme inesquecível, ainda assim, nós acabamos nos importando com os personagens, o que mais uma dramédia indie pode almejar?

"-Eu lamento não ter ido à sua exposição, mas é que eu te odeio tanto..."

Um comentário:

  1. Parece bom! Mas acho que a vida é 50%! 50% de ser feliz e de ser infeliz, quem decide somos nós. Como diz úm curso preparatório pro vestibular: você é fruto das suas escolhas!

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