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sábado, 30 de junho de 2012
Resenha Filme: Homem-Aranha 2
Falta uma semana pra estréia de O Espetacular Homem-Aranha!
A Sony se deu muito bem com o primeiro filme do Homem-Aranha em 2002. O longa dirigido por Sam Raimi e estrelado por Tobey Maguire, Kirsten Dunst e James Franco faturou uma fábula, mais de oitocentos milhões de dólares só em bilheterias, sem contar DVDs e merchandising variado (Nunca mais pararam de chegar às lojas lancheiras, cadernos, mochilas e roupas do filme...).
Obviamente o cabeça de teia não ficaria longe dos cinemas por muito tempo. O segundo filme foi anunciado quase que simultaneamente ao lançamento do primeiro, e foi confirmado que todo o elenco principal retornaria, pois haviam assinado o famigerado contrato para três filmes que virou um tipo de regra em adaptações de quadrinhos.
Claro, como não se faz filmes do Aranha sem um pouco de drama (Durante as gravações do primeiro longa um dublê morreu, e correram processos contra a Sony por conta da alteração digital dos anúncios dos telões de Times Square), chegaram a haver receios de que Tobey Maguire, que lesionara as costas gravando Seabiscuit - Alma de Herói, pudesse não ter condições físicas de envergar a fantasia azul e vermelha novamente, o que levantou a possibilidade de o ator ser substituído pelo seu "irmão perdido" Jake Gyllenhaal, mas ficou apenas na ameaça, e lá estava Maguire novamente no segundo longa que teria um novo vilão: O doutor Octopus.
Levou apenas dois anos pra que a sequência chegasse aos cinemas. Conforme estava no contrato, todo o elenco principal voltou, inclusive os personagens que haviam morrido no primeiro longa deram as caras no filme, que recebeu o reforço de Alfred Molina no papel do vilão, foi bacana terem trazido todos de volta, pois era importante que todo mundo que deu aquele importante passo com o primeiro Homem-Aranha pudesse saborear o espetáculo que seria a volta do herói teioso ao cinema.
Homem-Aranha 2 manteve todas as qualidades do primeiro filme, mas se refinou e melhorou de maneira exponencial. Todo o escopo do primeiro longa foi ampliado graças ao obeso orçamento, estimado em mais de duzentos milhões de dólares, que transformou Homem-Aranha 2 no grande filme de super-herói feito até então.
Homem-Aranha 2 seguia basicamente de onde o primeiro longa havia parado, Peter Parker (Maguire) abdicara de uma vida normal em nome de ser o Homem-Aranha, embalado pelo credo de que grandes poderes trazem grandes responsabilidades ele se tornou o defensor do povo de Nova York, mas viu sua vida civil ser demolida pelas responsabilidades de super-herói. Enquanto Mary Jane (Kirsten Dunst) seguiu com sua carreira de atriz e estrela uma peça e Harry (James Franco) se tornou o homem forte das Indústrias Oscorp, Peter é entregador de pizza e fotógrafo freelancer, incapaz até mesmo de pagar o aluguel do modesto quarto onde vive ou ajudar a tia May (Rosemary Harris), ameaçada de perder a casa onde mora.
Não bastassem os problemas financeiros e pessoais, Peter vai mal na faculdade, onde suas notas e presenças despencam. O trunfo de Peter é entregar um estudo sobre o trabalho do físico Otto Octavius (Alfred Molina), cientista brilhante trabalhando ao lado da Oscorp em busca de uma fonte de energia limpa e autossustentável.
Como desgraça pouca é bobagem, durante uma demonstração de seu projeto, Octavius sofre um violento acidente, e vê o jogo de tentáculos mecânicos que usa para manipular os elementos com que trabalha presos ao seu corpo, e sua mente deteriorada tanto pelo acidente quanto pela inteligência artificial dos construtos, tornando-se o vilão conhecido como Doutor Octopus, obcecado em terminar seu trabalho, mesmo que possa destruir a cidade de Nova York inteira no processo.
A única coisa no caminho de Octopus é o Homem-Aranha, entretanto, Peter, que continua sendo vilipendiado pela imprensa, vê o amor de sua vida prestes a subir ao altar com outro homem, e se torna alvo do ódio de seu melhor amigo, percebe que, talvez, para salvar a própria vida, precise abrir mão das responsabilidades que seu poder trouxe consigo.
Glorioso é a melhor palavra pra definir o espetáculo visual que foi Homem-Aranha 2. Mais importante que isso, o trabalho de uma equipe que conseguiu fazer com que todo aquele espetáculo visual trabalhasse em nome de uma história que tinha coração e não era unicamente som e fúria.
Mas não se engane, ainda que Homem-Aranha 2 tivesse toneladas de coração, o que ficava claro nas sequências de Peter com a tia May, de Mary Jane, e nos flashbacks com o tio Ben, havia muito som, e havia muita fúria. Se dois meses atrás o queixo de todo mundo caiu ao ver no cinema a luta dos Vingadores com o exército Chitauri, oito anos atrás Sam Raimi arrancara mandíbulas ao colocar tudo o que uma briga de super-seres devia ser no confronto em que o Homem-Aranha se engalfinhava com o Doutor Octopus sobre um trem em movimento. Socos, pontapés, quase atropelamentos, agarrões, saltos, estava tudo lá, e, pra terminar, uma cena espetacular e inesquecível onde o herói via-se tendo que parar um trem sem freios.
O elenco continuou segurando a peteca com a mesma desenvoltura de antes, a música, os efeitos visuais, tudo melhorou. Ainda não era o filme perfeito de Homem-Aranha pra quem lera quarenta anos quadrinhos, mas, minha nossa, estava muito perto. Quem sabe no terceiro eles chegassem lá...?
"Homem-Aranha... Nunca mais."
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