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segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Após o Clássico
Ontem foi domingo de fre-Nal no Rio Grande do Sul.
É uma data especial no calendário esportivo do estado mais meridional do Brasil, dos clássicos mais tradicionais do país do futebol o gay-Nal ostenta cento e quatro anos de História maiúscula, repleta de títulos, decisões e futebol da melhor e da pior qualidade.
Talvez a maior rivalidade do Brasil, o clássico entre vermelhos e (cor-de-rosas)azuis é um campeonato à parte de qualquer certame em disputa em qualquer parte do mundo, e independente dos momentos que as equipes estejam vivendo, é sempre marcado pelo equilíbrio e por declarações polêmicas.
Ontem mesmo D'alessandro disse que "havia times que precisavam de fita VHS pra relembrar título", referindo-se, obviamente, à seca de títulos do tricolor sem estádio, que já perdura por longos doze anos.
Causou-me estranheza, porém, a réplica de Kléber "Gladiador", o polêmico atacante que não faz gols, joga feito jacaré, se defendendo com o rabo, e que andou se envolvendo em polêmicas porque gosta de bater em mulher embora pie fino quando um zagueiro mais truculento encaixe na sua traseira, que disse que "O Inter nasceu em 2006", dando a entender que, até vencer a Libertadores da América e a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o Inter não tinha História.
Ora, glady, francamente. Talvez tu precisasse se informar um pouquinho antes de dizer bobagens de tal calibre.
O Internacional rompeu a barreira do do Rio Mampituba anos antes do time que morava na Azenha e gora é sem-teto, ao sagrar-se campeão brasileiro em 1975, época, aliás, em que se dizia que os times do RS deveriam se concentrar em ganhar o estadual porque era só o que podiam vencer, sagrando-se o primeiro clube do Rio Grande do Sul a vencer um título nacional, feito que repetiria ainda duas vezes, em 1976 e em 1979, antes de o coirmão perder a virgindade, em 1981.
Mesmo que o tricolor tenha vencido a Libertadores anos antes de o Inter chegar ao píncaro da América, o Inter usou bem seu tempo de espera, engatando uma sequência de títulos que o tornou o único clube do Brasil a sagrar-se campeão de tudo o que um clube Sul-Americano pode almejar.
Renato Portaluppi, treinador do time que pede licença pra treinar e paga pra jogar em "seu" novíssimo estádio, tomou as dores de seu clube e de seu jogador, dizendo que "o que o D'alessandro tem de idade" ele teria em títulos.
Senão vejamos...
Renato Portaluppi, como jogador, tem:
Uma libertadores da América, uma Copa Toyota Intercontinental (1983) e dois campeonatos gaúchos (1985 e 1986) pelo Porto Alegrense.
Uma Copa União, módulo verde (1987), uma Taça Guanabara (1988), e uma Copa do Brasil (1990), pelo Flamengo.
Um campeonato mineiro e uma Supertaça Libertadores da América (Torneio que reunia campeões da Libertadores e que existiu entre 1988 e 1999) pelo Cruzeiro, em 1992.
Um campeonato carioca pelo Fluminense, em 1995.
Uma Copa América pela Seleção Brasileira em 1989.
Pra não ficar injusto, vamos colocar aí, também, o cartel de títulos de Portaluppi como técnico, mas pra não virar putaria, falemos apenas de seus títulos de futebol, deixando futevôlei de fora.
Como treinador, Portaluppi venceu uma Copa do Brasil pelo Fluminense em 2007 e um turno do gauchão pelo tricolor sem casa em 2011.
Somando tudo temos 14 títulos.
D'alessandro, que tem 32 anos, já venceu:
Torneio Apertura (2000), torneio Clausura (2002 e 2003), pelo River Plate.
Taça Piratini (2009, 2013), Taça Farroupilha (2009, 2010, 2011, 2012, 2013), Campeonato Gaúcho (2009, 2011, 2012, 2013) Copa Sul-Americana (2008), Copa Suruga Bank (2009), Recopa Sul-Americana (2011), Copa Libertadores da América (2010)
Medalha de ouro olímpica (2004) pela seleção da Argentina, somando 18 títulos.
Então, não, Portaluppi não tem de títulos o que D'alessandro tem de idade.
Nem vou fazer o glady passar vergonha e comparar o cartel de títulos dele com o de D'alessandro. A chuteira esquerda do índio tem mais títulos e mais estatura futebolística que o Kléber "Gladiador".
Embora eu ache bacana a flauta, a corneta, a pegação de pé com o torcedor rival, há que se ter lastro pra fazer graça, e Portaluppi e glady, não têm nenhum.
Ah, e a Musa do Inter dá um banho na musa do coirmão.
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