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quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Quadrinhos: Homens-Aranha
Já tem algum tempo que deixei de lado o quadrinho mensal do Homem-Aranha, o qual vinha comprando regularmente desde 2002.
Não sou um fanático. Já havia passado por hiatos bastante longos de quadrinhos. Entre 97 e 2002, por exemplo, praticamente não acompanhei quadrinhos, exceto por meia dúzia de edições da série Premium da Marvel. Nessa última ocasião, a decisão de parar de comprar a mensal do Homem-Aranha foi muito mais pensada do que aquela que eu tomara aos dezesseis anos. Parei conscientemente de comprar e acompanhar o gibi ao ver o Chacal aparecer em um quadro da edição que antecedeu o início do arco Ilha Aranha...
Claro, apenas ver o vilão da Saga do Clone na revista não teria me afugentado, mas, após saber detalhes da saga Superior Spider-Man que anda a mil lá nos EUA, resolvi unir o inútil ao desagradável e me poupar das agruras que se avizinham.
Não chega a ser como se eu estivesse perdendo grande coisa, afinal de contas. As histórias do Homem-Aranha nos quadrinhos mensais vinham oscilando entre meia-boca e OK, e era raro se deparar com qualquer coisa que superasse um mero "boa", então, não me arrependo de ter parado de ler.
Além do mais, não abandonei os quadrinhos.
Continuo comprando encadernados e edições especiais com grande frequência, mas confesso que sinto alguma falta do meu super-herói preferido e talvez tenha sido unicamente por isso que comprei a edição especial Homens-Aranha, um compilado com as cinco edições da mini-série Spider-Men publicada nos EUA e que, pela primeira vez reuniu o Homem-Aranha da cronologia Marveliana original, a 616, Peter Parker, com sua contraparte do universo Ultimate, Miles Morales.
Havia parado de acompanhar a série Ultimate do Homem-Aranha pouco depois da centésima edição brasileira, havia ficado sabendo, porém, do básico, e aqui vai um spoiler em potencial, o Homem-Aranha ultimate original, Peter Parker, havia morrido, sendo substituído por Miles Morales, outro moleque picado por uma aranha geneticamente alterada.
Homens-Aranha mostra Peter Parker sendo levado à dimensão Ultimate após um confronto com Mystério, facínora tradicional do universo aracnídeo, especialista em efeitos especiais, produtos químicos e ilusões de toda a espécie que já morreu, foi substituído por outro, ressuscitou e voltou à ativa (não pergunte), e que, de vez em sempre dá as caras pra atazanar a vida do amigão da vizinhança.
Mystério envia o Homem-Aranha à dimensão paralela, e lá, o herói conhece Miles Morales, e, na melhor tradição Marvel, os dois saem no braço antes de finalmente se entenderem e unirem forças contra o vilão.
Enfim, comprei o especial, e após terminar a leitura, confesso que me arrependi. Brian Michael Bendis, autor da história, tem uma das visões mais chatas do Homem-Aranha, interpretando o herói como o "underdog" supremo. Nada do que o Homem-Aranha de Bendis faz dá certo, ele não vence nenhuma briga sem ajuda, não resolve nenhum problema sem auxílio, não se dá bem em nenhuma ocasião se alguém não der uma força.
Isso fica particularmente claro em Homens-Aranha, que até começa bem, com um Peter Parker piadista, mas logo descamba com o Aranha sendo derrotado por Mystério, Miles Morales, Nick Fury, Tony Stark...
De qualquer forma, os problemas não param por aí. A trama é corrida, mal desenvolvida, e parece existir apenas pra justificar Miles Morales como o novo Aranha Ultimate. Em suma, um desperdício de tempo, dos ótimos desenhos de Sara Pichelli, e dos R$ 17,90 que a revista, com capa cartão e papel bonitinho no miolo, custa.
Leia apenas por curiosidade mórbida, ou se for muito fã do Miles.
"-Então eu tenho sua... Hã...
-Benção? Claro."
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Bah, eu não só achei uma das melhores histórias do Aranha dos últimos 10 anos (o que não é muito difícil) como também achei uma das melhores histórias dele de todos os tempos. Leve, divertida, rápida, tocante. Pra mim, perfeita.
ResponderExcluirBah, eu achei ruim, chatinha e sem propósito, mas não é de hoje que ando de saco cheio desse bulliyng que fazem com o Aranha nos gibis.
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