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segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Resenha Cinema: Lucy
Olhando em perspectiva, a produção cinematográfica de Luc Besson é interessante, sim. Em especial pela preferência que ele tem por apanhar belas mulheres e as tornar protagonistas em um mundo masculino como o dos filmes de ação.
Entre Nikita - Criada para Matar, O Quinto Elemento e O Profissional, sempre há esse elemento algo Joana D'Arc (Ele inclusive dirigiu um Joana D'Arc, mas estranhamente não é dos momentos mais inspirados do diretor francês), da mulher que vira a mesa saindo do papel de vítima para chutar o rabo dos opressores masculinos. Se a pequena Matilda precisava de Léon para essa vingança feminista, Leeloo e Nikita viravam o jogo sozinhas e muito bem, obrigado.
Não é diferente do que Lucy faz nesse mais recente trabalho de Besson, que coloca Scarlett Johansson perfilada à Milla Jovovich, Natalie Portman e Anne Parillaud.
Na trama a jovem Lucy é uma periguete desmiolada que vive em Taiwan frequentando festas e enchendo a cara. Certa manhã, seu namorado da semana, Richard (Pilou Abaek), lhe pede ajuda para entregar uma maleta de conteúdo desconhecido na recepção de um hotel em troca de 500 dólares. Lucy se nega, mas após um golpe sujo de Richard, acaba sendo obrigada a realizar a entrega a um tal de Sr. Jang (Min-Sik Choi).
O Jang em questão, é um mafioso casca-grossa. Dentro da maleta, há uma remessa de drogas, e Lucy recebe uma nova missão compulsória, a de ser uma mula e transportar a droga em questão, um composto sintético chamado CPH4, até Paris.
Um imprevisto ocorre, porém, e o pacote de drogas no corpo de Lucy se rompe. Quando seu corpinho gostoso absorve o composto, uma reação inesperada faz com que ela seja capaz de acessar uma porcentagem cada vez maior de sua capacidade cerebral, a dotando de poderes fabulosos.
Com a ajuda do professor Norman (Morgan Freeman) e do capitão da polícia francesa Pierre Del Rio (Amr Waked), Lucy usará seus poderes cada vez maiores e mais espetaculares para impedir seus algozes de lucrar com a droga em questão, mas também para tentar partilhar com a humanidade os prodígios que apenas uma pessoa usando 100% de sua capacidade cerebral é capaz de realizar!
Eu já disse isso de outros filmes, e vale pra esse, também:
É ruim, mas é bom.
Besson acertou a mão ao escalar Scarlett Johansson para o papel. Mesmo sem ser uma atriz genial, ela consegue expôr a fragilidade da personagem antes de adquirir seus super-poderes, e, sendo a Viúva Negra em pessoa, tira de letra a versão "exterminadora do futuro/Jedi/Johnny Depp em Transcendence" que é a Lucy pós-acidente.
Fazendo seu tradicional joguete de paisagens cartão-postal da Europa mesclada à trilha sonora ligeirinha e boas sequências de ação, o diretor francês torna os 89 minutos de Lucy ainda mais velozes e inofensivos, e, com sua história ajeitadinha, ainda que cheia de absurdos, e didatismo excessivo (A função do personagem de Morgan Freeman no filme é unicamente a de traduzir textualmente o que vemos acontecer na tela com Lucy), diverte por aquela hora e meia.
No mais, ainda que nada mais funcionasse, ver Scarlett se equilibrando sobre saltos-altos espremida dentro de um vestidinho estampado mais justo que a ira divina já valeria uma espiada.
No cinema só pra quem é fã de Besson, Scarlett, Freeman e girl power na veia, no DVD pra todo mundo mais.
"-A ignorância traz caos, não o conhecimento."
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Bah Capitão... Discordo de ti! Esperei tua resenha, na esperança de ser mais fiel e filosófica que as demais que li no final de semana.
ResponderExcluirPuxa, tem muito pano pra manga, muita coisa envolvida, muito além do que os olhos podem ver de tiroteios, sangue... (Coisa pra gerar dinheiro, óbvio). A trama é muito legal, a constituição do ser humano, sua evolução, poder de escolha, ética, sobrevivência, física e desenvolvimento da espécie... Puxa...
Não vi uma resenha que fosse além das comparações com outros filmes do diretor e dos atores, lamento, mas como leiga, penso que vocês poderiam se dar ao luxo de se dobrar a reflexão filosófica e psicanalítica de vez em quando.
Resumo da ópera: EU, Sandra, saí muda do cinema! Só outros 4 filmes fizeram isso comigo...
(Re) pense sobre o filme, vale a pena!
Eu vou confessar que as minhas noções de psicanálise são meio primárias, mas achei o filme um tanto apressado.
ResponderExcluirDepois que a Lucy se transforma não existe mais conflito. Ela sabe o que deve fazer e apenas faz...
Embora tenha uma premissa interessante (ainda que falsa), achei a execução meio simplista...
Dos filmes mais divertidos de ação do início ao fim. Um relógio excelente recomendação este filme já es uma uma estreia na HBO disponível . Eu a amava, Pior ser um filme com um enredo excelentemente produzida.
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