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sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Resenha Cinema: O Protetor
Chlöe Grace Mortez é um bom motivo pra ver um filme. Ela é jovem, bonita e talentosa, três qualidades que, ultimamente, andam difíceis de encontrar numa mesma pessoa, e é por essas e outras que fui assistir Se Eu Ficar duas semanas atrás.
Dito isso, vou confessar que não foi o nome da Hit-Girl quem me fez ir ao cinema assistir a adaptação da série The Equalizer (que o pai do Jordan Belfort adorava em O Lobo de Wall Street), O Protetor.
Não...
O motivo pra eu ir ao cinema foi Denzel Washington. E não apenas por que Denzel é baita ator, nomeado a Oscars e parece ser um sujeito gente-boa. Nada disso.
Foi porque Denzel é um dos poucos sujeitos do cinema que sabe interpretar um sujeito fodelão sem perder a ternura ou deixar de ser convincente. Nego tem que passar muita segurança pra andar tranquilamente pra longe de uma explosão de proporções cataclísmicas sem parecer ridículo, e Denzel Washington consegue passar isso à audiência.
Em O Protetor, que reúne Washington e Antoine Fuqua dupla do premiado Dia de Treinamento, Denzel vive Robert McCall, um sujeito tranquilo e modesto que tenta levar uma vida normal trabalhando em uma loja Home Mart, ajudando seus colegas, como o gordinho que sonha em se tornar guarda-de-segurança Ralphie (Johnny Skourtis), e gosta de ler livros tarde da noite bebendo chá em uma lanchonete que funciona 24 horas.
É nessa lanchonete que Robert conhece e inicia uma amizade distante com a jovem prostituta Teri (Chlöe Grace). Teri, na verdade se chama Alina, e se prostitui apesar da pouca idade para um serviço de acompanhantes comandado pelo russo Slavi (David Meunier).
Slavi não é um patrão dos mais compreensivos, e após Alina ter uma altercação com um cliente particularmente repulsivo, ele e seus capangas a espancam violentamente, colocando-a no hospital.
O brutal ataque à jovem, faz com que Robert reviva seu misterioso passado como um operativo da CIA, e use seus conhecimentos e habilidades para, primeiro negociar a liberdade de Alina, e, quando isso falha, obtê-la à força.
O que McCall não sabia é que Slavi e seu serviço de scort eram apenas um ramo do vasto império criminosos de Vladimir Pushkin (Vladimir Kulich), um chefão russo que lucra com toda a variedade de crime nos Estados Unidos, que envia o perverso Teddy (Marton Csokas), um sádico e obstinado ex-operativo Spetsnaz, para descobrir o que houve com Slavi e seus capangas, colocando Robert na mira de toda a máfia russa.
É divertidíssimo.
Embora tenha alguns longos momentos com ritmo excessivamente lento, O Protetor se redime nos momentos em que efetivamente há ação. Além disso, mesmo com ritmo lento é bacana ver Washington atuando, especialmente quando divide a cena com Chlöe Grace Moretz, cuja participação é curta, mas mais longa que as de Bill Pullman e Melissa Leo, que fazem pontas ligeirinhas. Ainda que seu Robert McCall seja basicamente o mesmo personagem que Denzel interpretou em Chamas da Vingança, Protegendo o Inimigo e Dose Dupla, que diabos, o homem tem quase 60 anos e manja, então, deixa ele repetir o papel quantas vezes quiser...
Além da atuação (meio preguiçosa) de Washington, pode-se destacar Marton Csokas, achando um tom bacana para seu vilão mau e horrível, também parecendo se divertir com a afetação do psicopata, mas sem o exagero de seu Ashley Kafka em O Espetacular Homem-Aranha 2.
Juntando Denzel, uma bandidagem escrota pra ele usar como pano-de-chão, um saca-rolhas e um martelo pneumático (oh, oh, oh, oh...), O Prptetor não tem erro. É diversão garantida, e dinheiro do ingresso muitíssimo bem empregado.
Assista no cinema.
"Quando você olha pra mim, o que você vê?"
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