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sábado, 13 de setembro de 2014
Resenha Cinema: Se Eu Ficar
OK... Vou confessar pra todos os dois ou três leitores do blog... Eu só fui ver Se Eu Ficar por causa da Chlöe Grace Moretz.
Sério... Se o filme fosse estrelado por qualquer outra cocota púbere, eu muito provavelmente o teria ignorado solenemente como fiz com A Culpa É das Estrelas, ou aquele outro filme de adolescente moribunda com a Dakota Fanning... Talvez acabasse assistindo na TV a cabo em alguma noite insone, mas essa seria a máxima deferência que o filme receberia de mim, fosse ele estrelado por qualquer "9inha" além da Hit-Girl.
O lance é que, das jovens atrizes dessa faixa etária, eu ainda estou decidindo de a melhor é Abigail Breslin, a eterna Pequena Miss Sunshine, ou Chlöe Grace, e se ainda não fui capaz de estabelecer juízo definitivo a respeito de qual é minha atriz adolescente preferida, devo dizer que acho que a carreira da jovem senhorita Moretz, ao menos parece melhor encaminhada, já que, mesmo seus projetos mau-escolhidos, como o remake de Carrie - A Estranha, lhe dão a possibilidade de ser protagonista e tentar coisas novas.
Em Se Eu Ficar, Chlöe certamente é a protagonista.
Na trama conhecemos a jovem Mia Hall (Moretz), uma garota-prodígio e violoncelista de mão cheia que surgiu e floresceu feito um fungo alimentado com música clássica à sombra dos pais roqueiros.
Apesar de se sentir, nas próprias palavras, uma marciana no seu antro familiar, que ainda inclui o irmão mais novo Teddy (Jakob Davies), Mia ama e é amada pelo ex-baterista de banda punk Danny (Joshua Leonard) e pela ex-roqueira porra-louca Kat (Mireille Enos).
Enquanto aguarda a resposta da conceituada escola de música Juilliard à sua audição de ingresso, em uma manhã de nevasca que se torna um feriado Mia e sua família decidem ir à casa de amigos, mas no caminho sofrem um gravíssimo acidente que altera absolutamente tudo em um piscar de olhos.
Presa entre a vida e a morte, Mia precisa decidir se vai lutar para se agarrar à uma vida que pode não ter absolutamente nada a ver com a realidade à qual ela se habituou, ou se desiste, e abraça o fim.
Enquanto toma essa decisão definitiva, Mia passa um dia relembrando os momentos mais marcantes de sua vida, sua relação com sua família, com o namorado roqueiro Adam (Jamie Blackley), com a melhor amiga Kim (Liana Liberato, conseguindo não ser uma melhor amiga imbecil, o que é uma tremenda vitória pessoal nesse tipo de filme), e com a música, sua verdadeira paixão.
Nota-se em quase todo o filme a vontade pétrea do diretor R. J. Cutler em seu primeiro longa metragem de ficção para o cinema, de tentar fazer de Se Eu Ficar mais do que o drama aborrescente típico sem fugir da estrutura narrativa do livro de Gayle Forman, com suas idas e vindas no tempo, e, por esse lado, o roteiro de Shauna Cross é bem sucedido, embora toda a "prisão etérea" da comatosa Mia seja um pouco bobinha quando a gente vê a gatinha andando descalça pra lá e pra cá por dentro do hospital sendo ignorada por todos...
Entre as coisas que funcionam, o típico romance adolescente de Mia e Adam tem química, nada que justifique o alarde, porém. Muito mais bacanas são os pais roqueiros de Mia, Danny, o baterista que virou professor de inglês e Kat, a agente de viagens meio-período super-mãe pé no chão em tempo integral ruleiam. São o tipo de pais que não existem, que conseguiram amadurecer sem perder o senso de cool, outro destaque é o avô interpretado por um surpreendentemente doce Stacy Keatch, dono do momento que mais se aproximou de me arrancar lágrimas durante a sessão.
Se Eu Ficar, porém, não é a experiência que poderia ter sido. Não é um divisor de águas para os dramas adolescentes ou para os dramas de além-vida, não é o melhor trabalho da carreira de Chlöe Grace Moretz, se apega em demasia àquela mensagem fajuta de que o amor supera à tudo, e ainda tem alguns clichês bem chatões como a grande luz branca no fim do túnel...
Longe de ser mau filme, não vale a visita ao cinema se a tua idade mental for maior do que 16 anos, se for o caso, espere o DVD.
"-Ela não devia ter medo de andar com esses caras. Eles são nós.
-Exatamente."
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Bah... Anda se especializando em ser o mais sucinto possível ao diferencial do filme!
ResponderExcluirA beleza está nas entrelinhas... e não no resumo!
Eheheh, não sou a pessoa mais afeita a romances no mundo, admito. Mas esse filme tem uma qualidade meio genérica que não me convenceu.
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