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sexta-feira, 21 de junho de 2019
Resenha Série: Jessica Jones, Temporada 3, Episódio 4: Customer Service is Standing By
Conforme era de se esperar, o cara do hambúrguer é mais do que apenas um comedor em potencial de Jessica, fato que já devia ter ficado claro quando ele foi interpretado por um ator com alguma notoriedade (Abraham Lincoln Caçador de Vampiros, No Coração do Mar...).
Após ele ser convidado por uma solitária Jessica para beber um monte de álcool, descobrimos que seu nome é Erik, e que além de fazer um tremendo hambúrguer, ele tem problemas com apostas, está devendo dinheiro pras pessoas erradas e, aparentemente, tem super-poderes.
As habilidades de Erik são semelhantes ao "sentido de herói" de Bruce Willis em Corpo Fechado.
Ele é capaz de sentir a maldade das pessoas. Quanto pior a natureza do crime pelo qual são culpadas, maior é o efeito que causam nele, mas, ao invés de flashes dos crimes cometidos pelas pessoas, ou um zumbido em sua cabeça, Erik sente enxaqueca, e, quando na presença de criminosos particularmente medonhos, ele sente dores lancinantes.
Também descobrimos que Erik usa suas habilidades para chantagear gente escrota e conseguir dinheiro para pagar seus débitos com uma agiota que adora jogar gente na piscina com pesos amarrados aos pés, e, que é bem provável que um dos alvos da chantagem do rapaz tenha sido o responsável pelo ataque à Jess.
Com três malfeitores em sua lista, Erik e Jessica formam uma breve parceria onde visitam cada um dos agressores em potencial numa divertida montagem que dá uma boa mexida na estrutura dos episódio em comparação com os capítulos anteriores. Jessica é sempre mais divertida quando tem alguém operando junto com ela. E Krysten Ritter tem uma química bacana com Benjamin Walker. As interações do casal, cheias de tiradas sarcásticas de parte a parte deixam o programa mais divertido, e é difícil não perceber como ela também fica mais eficiente agindo em dupla.
Seja com Luke, Malcolm, Trish, Matt, Alisa... Até com Kilgrave como co-piloto, Jessica se torna uma heroína melhor quando age em dupla.
A própria Jessica parece entender isso logo que começa a seguir a pista da pessoa que a esfaqueou.
Erik, porém, tem problemas mais prementes a resolver do que formar uma dupla dinâmica, no caso, pagar Sal Blaskowski, a agiota que deseja colocá-lo no fundo da piscina.
A senhora Blaskowski, por sinal, não é a pessoa mais compreensiva do mundo, e mesmo após ser paga, resolve dar um banho em Erik, que provavelmente teria sido seu último se ele não tivesse recebido a ajuda de Trish, que surge no último instante para salvar o dia, não sem antes levar um tremendo cagaço após sua inexperiência cobrar um preço quase fatal durante sua operação de resgate.
Além de tudo isso, ainda houve tempo para Jessica descobri a existência de quem parece ser o grande vilão da temporada: Gregory Sallinger (Jeremy Bobb), o terceiro alvo da chantagem de Erik que aparentemente é um gênio, não gosta de pessoas com super-poderes e é um assassino em série nas horas vagas.
Vou confessar que achei Sallinger um personagem meio forçado nesse primeiro contato.
O ato de psicopata manipulativo de Bobb é um pouco reciclado, mas vamos ver como isso se desenvolve nos episódios vindouros.
Jessica Jones é, afinal de contas, uma série de detetive em algum nível, ter Jessica precisando efetivamente investigar os crimes de um assassino serial pode ser interessante para o desenvolvimento da temporada.
Certamente mais interessante do que ver Malcolm trovar com a namorada e antever que, em sua ânsia de ficar com Kith, Jeri vai detonar a vida da mulher.
Pra encerrar o episódio dando uma chacoalhada no status que começava a encher o saco, Jessica resolve ouvir a voz da razão, aceitar sua condição momentânea, e pedir ajuda.
Customer Service is Standing By foi o episódio mais interessante dessa jovem temporada de Jessica Jones, vamos torcer para que a série mantenha a pegada e, a exemplo de Punho de Ferro, Justiceiro e especialmente Demolidor, se despeça dos fãs por cima.
"Essa foi a coisa mais heroica que eu fiz esse ano e não levou nem duas horas..."
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