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sábado, 3 de outubro de 2020

Resenha Série: The Boys, Temporada 2, Episódio 3: Over the Hill, with the Swords of a Thousand Men



Apesar do título quilométrico, o terceiro episódio dessa temporada de The Boys é o mais curto até aqui. E, a metragem de 56 minutos se justifica à medida em que nesse capítulo, pela primeira vez na temporada, as linhas narrativas mais ou menos paralelas de todos os protagonistas e co-protagonistas  convergem para um único ponto, o que, eu devo dizer, foi bem bacana.
O episódio começa com os rapazes em um iate, algumas milhas distantes da costa, onde eles mantém o super terrorista Kenji cativo. Enquanto Kimiko tenta convencer seu irmão a aceitar a proteção de Mallory, Billy espera trocar o rapaz pela localização de Becca, mas enquanto espera a chegada de seus contatos, ele se desculpa com Hughie por tê-lo esmurrado no desfecho do capítulo anterior.
O pedido de perdão de Billy não é dos melhores, mas ainda pior é o soco que Hughie acerta em seu colega.
Fica claro, nessa cena, que Hughie não está lidando bem com o retorno de Billy, o perigo no qual eles estão se envolvendo e as implicações morais de toda a situação. Mais do que isso, os rapazes parecem estar em completa dissonância, cada um com sua própria agenda pessoal, e esse tipo de desunião não pode ser boa para a equipe.
Enquanto os rapazes tentam juntar os cacos, Os Sete estão envolvidos em seus próprios negócios. Nesse caso, um longa metragem estrelado pelos próprios heróis intitulado A Origem dos Sete, que tem seu roteiro todo pichado por Tempesta enquanto Black Noir, Rainha Maeve e Luz das Estrelas bocejam e Trem Bala parece estar lidando com algum percalço em sua recuperação...
Ao mesmo tempo, o Capitão Pátria segue atormentando Becca, decidido a fazer Ryan (Cameron Crovetti) usar seus poderes, nem que para isso precise lhe dar um empurrãozinho e o Profundo segue sua "reprogramação" com a Igreja da Coletividade.
As coisas dão uma guinada quando os planos de Hughie e Annie rendem frutos, e o que parecia uma vitória fundamental dos rapazes os coloca de vez na mira da Vought e dos Sete, incluindo Profundo, que aconselhado por Carol parte em busca de seu momento de brilhar e voltar ao convívio da maior super-equipe da Terra.
E tudo isso é só a primeira metade do episódio, pois a segunda é toda tensão e ação, com direito, inclusive, a um impasse mexicano envolvendo Billy, Hughie, Capitão Pátria e Luz das Estrelas, alguns dos heróis mostrando quem realmente são, tudo isso regado a destruição, sangue e entranhas de baleia.
É fácil perceber porque a Amazon decidiu disponibilizar os três primeiros capítulos da temporada simultaneamente, para então passar a publicar um por semana em seu serviço de streaming. Esses capítulos são, facilmente, os melhores da série até aqui, e mesmo quem tinha uma relação morna com o programa, como é o meu caso, não pode negar o aumento na qualidade da série em seu segundo ano.
Over the Hill, with the Swords of a Thousand Men é ótimo, e consegue confluir uma série de tramas que vinham sendo exploradas desde o a temporada passada, incluindo o plano de Annie e Hughie para tentar tornar o Composto V público, com ideias mais novas, aventadas nos dois capítulos anteriores, como a ascensão de Tempesta e a reformulação do Profundo, além de preparar terreno para o que nos aguarda durante o restante da temporada.
Pela primeira vez desde que eu comecei a assistir a série, eu estou ansioso pelos próximos episódios.

"Eu acho que se houver uma maneira de ferrar tudo, você vai encontrar."
 

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