What I Know, season finale de The Boys é a síntese perfeita do que foi a segunda temporada da série como um todo. Muito mais divertida do que a primeira temporada, mas longe de ser perfeita. É basicamente o que nós temos ao longo dos sessenta e sete minutos desse oitavo episódio que encerra o ano para os supers menos heroicos da TV.
As coisas foram de mal a pior no episódio passado. A sessão do congresso a respeito dos desmandos da Vought virou um banho de sangue que conseguiu convencer o público de uma única coisa: Há super vilões infiltrados em solo americano, e a única coisa capaz de deter um super, é outro super.
As coisas foram de mal a pior no episódio passado. A sessão do congresso a respeito dos desmandos da Vought virou um banho de sangue que conseguiu convencer o público de uma única coisa: Há super vilões infiltrados em solo americano, e a única coisa capaz de deter um super, é outro super.
Com isso, a Vought está a dois passos de se tornar a fornecedora de Composto V do governo dos EUA, e passar a contar com super militares e super patrulheiros de fronteira para combater o mal doméstico e no estrangeiro.
A menos que os rapazes possam evitar.
O plano de Billy, Leitinho, Francês e Kimiko é bastante simples: Usar toda a tecnologia e criatividade possível para atacar Os Sete de frente e mandar eles todos gritando pro inferno de uma vez por todas. E se a Vought fizer mil novos supers para cada um que eles matarem, foda-se. Eles continuarão matando todos até acabar a munição. Annie, porém, quer tentar uma outra abordagem antes de partir para o enfrentamento direto, e pede uma chance de tentar evitar o derramamento de sangue.
Luz-Estrela espera poder contar com a ajuda da Rainha Maeve após a amazona ter salvado sua vida no episódio passado, e enquanto ela e Hughie tentam isso, Billy recebe uma vista inesperada.
Becca escapou do complexo da Vought e surge na porta do esconderijo dos rapazes pedindo que Bruto a ajude a recuperar seu filho, levado por Capitão Pátria e Tempesta. Billy prontamente se dispõe a fazê-lo, não apenas por saber o perigo que o mundo corre se um psicopata e uma nazista criarem um filho super-poderoso, mas também porque ele vê na coisa toda uma oportunidade de recuperar sua mulher.
Os rapazes, então, partem para resgatar o moleque, sabendo que pode ser uma viagem só de ida, na esperança de reunir a família Bruto de uma vez por todas.
É surpreendente como What I Know consegue amarrar tantas pontas soltas da primeira temporada e preparar terreno para a terceira depois de ter literalmente desperdiçado dois capítulos dos oito que tinha para esse ano. Ainda assim, fica claro que se o quarto e quinto capítulos dessa temporada tivessem sido melhor aproveitados, eventos que viram nota de rodapé nesse episódio, como o desmascaramento de um dos Sete, poderiam ter sido infinitamente melhor aproveitados. Falando em nota de rodapé, a mesma coisa acontece com alguns dos temas que o programa tenta usar para dialogar com nossa realidade, como a ligação do patrono da Igreja da Coletividade Alastair Adana (Goran Visnjic) com políticos e CEOs corporativos, ou a ideia de ter professores armados para defender crianças de ataques em escolas... São todas críticas sociais válidas, mas que simplesmente são atiradas na tela sem receber o devido tratamento e que acabam virando apenas ruído de fundo. Se esses temas tivessem sido contrabandeados à realidade da série com a mesma competência que o sucesso da retórica nazista entre extremistas foi, e eu estaria aplaudindo o programa.
Entretanto, mesmo com sua falhas, a segunda temporada de The Boys deu um inegável salto de qualidade. Tanto nos quesitos narrativa quanto diversão pura em simples, a versão 2020 da série é mais competente do que a primeira, e se a progressão se mantiver, o terceiro ano do programa pode me aguardar, pois eu estarei na frente da TV para assistir e do computador para elogiar.
"As garotas dão conta, mesmo..."
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