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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Resenha Cinema: Os Mercenários
Não é de hoje que eu vinha dizendo que, se havia um filme de macho prestes á ser lançado no cinema, esse filme de macho era Os Mercenários.
Se você é homem e quer honrar sua masculinidades, se quer gritar, babar, bater no peito e gritar que é muito macho, antes de fazer isso deve ir até o cineplex mais próximo e encarar os 103 minutos de declaração de amor, amor, não, que amor é coisa de frutinha, a declaração de camaradagem incondicional ao cinema porrada que é Os Mercenários.
Dirigido, produzido, co-escrito e estrelado por Sylvester Stallone(ótimo astro de ação, péssimo piadista.), Os Mercenários mostra Barney Ross (Stallone) e seu grupo de soldados da fortuna, composto por Lee (Jason Statham), Ying (Jet Li), Gunnar (Dolph Lundgren), Hale (Terry Crews) e Toll (O lutador de MMA Randy Couture), que são contatados pelo misterioso senhor Church (Bruce Willis) para viajar até uma pequena ilha na américa central e eliminar o ditador local, General Garza ( David Zayas).
Antes de se decidir por aceitar ou rejeitar a missão, Barney e Lee vão até a ilha para realizar o reconhecimento do local, onde conhecem Sandra (Gisele Itié, falando inglês melhor do que o Schwarzenegger), jovem local que é seu contato.
Após serem descobertos eles têm que fugir, e conseguem, mas Sandra recusa-se a escapar com eles, ficando á mercê de Garza e seu financiador, o ex-agente da cia Munroe (Eric Roberts, canatra como de hábito.).
O sacrifício de Sandra toca o coração de Barney, que após conversar com seu amigo Tool (Mickey Rourke, gênio.), percebe que tem uma chance de redenção após tantos anos vivendo de assassinato e guerra.
Tá aí a premissa, basicona, de Os Mercenários. Óbvio que não parece uma grande obra cinematográfica, e nem é pra ser, é um filme que evoca a aura do cinema de ação dos anos oitenta com uma premissa básica e recheada de clichês do gênero que não é mais senão uma desculpa para todas as sequências de ação sensacionais que recheiam o filme, a diferença de outros filmes recentes que tentavam se apoiar na mesma muleta é que, ao contrário dos G. I. Joe e Dragonball evolution da vida, as sequências de ação de Os Mercenários são realmente boas e funcionam.
Nem podia ser diferente se levarmos em conta que o diretor do filme é um dos papas do gênero, e já havia mostrado em Rocky Balboa e Rambo IV que não perdera a mão.
O elenco formado por cascas-grossas de toda a espécie (Conta ainda com Steve Austin, astro da luta livre e Gary Daniels, campeão de Kick-Boxing)não tem pontos muito altos em termos de atuação, ainda assim, se destaca Rourke, que aparece bem nas suas cenas, Stallone faz o trabalho de sempre, mais falante do que em Rambo, mas menos carismático do que em Rocky, Statham não estraga, e Jet Li tem a fala mais engraçada do filme, quando argumenta por que precisa de um aumento. De qualquer forma, mesmo que o filme fosse mudo, ainda valeria a pena assistir nem que fosse apenas pela excelente sequência de combates simultâneos no sub-solo do palácio de Garza, ou pelo prazer oitentista de ver uma cena protagonizada por Stallone, Willis e Arnold Schwarzenegger, interpretando um rival de Ross.
Não é um filme que vá agradar a platéia feminina, mas pode ser a sua chance de se vingar se tiver sido obrigado a assistir Ele Não Está Tão Afim de Você, Sex and the City 2, ou algum dos filmes de vampiremos da saga Crepúsculo.
Que venha uma sequência com Steven Seagal, Chuck Norris e Van Damme!
Os Mercenários é produto de macho, e se você não gostou, ou é guria ou é frozô!
"Sabe, não é fácil ser seu amigo."
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se eu sou menina delicada guti-guti de pijama de bichinho e gosto desse filme, como faz?
ResponderExcluirCasa comigo, Laís.
ResponderExcluirMas sério, as meninas não estão proibidas de gostar do filme, mas eu entendo se não gostarem.