Bem vindos a casa do Capita. O pequeno lar virtual de um nerd à moda antiga onde se fala de cinema, de quadrinhos, literatura, videogames, RPG (E não me refiro a reeducação postural geral.) e até de coisas que não importam nem um pouco. Aproveite o passeio.
Pesquisar este blog
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Rapidinhas do Capita
Você pensava que daria certo... Achou que, se fizesse a sua parte, independente dos demais, que se tivesse firmeza de propósito e que se fosse o mais dedicado que podia ser naquele momento específico, e fosse preparando o terreno para ser mais e melhor no futuro, as coisas se encaminhariam naturalmente. Que as situações iriam se desenrolar sem pressa, mas rumando de maneira inexorável em direção á um bom desfecho, pois ese era o caminho que você pavimentava com esforço e com dedicação...
Acreditava que, não importavam os obstáculos no caminho, você seguraria a mão da pessoa amada e juntos, vocês superariam as mazelas vindouras...
Você acreditou que o amor supera á tudo, e que se uma pessoa lhe completa, você também completará á ela, e vocês, á despeito de todas as chances, irão convergir para um único destino, que é um ao lado do outro... Você acreditou em tudo isso por um única razão...
Você é um idiota.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Fabiana e Ulisses estavam namorando sério haviam seis meses. No princípio tudo era festa. Ele e ela gostavam das mesmas músicas, dos mesmos filmes, não eram baladeiros, mas saíam eventualmente, em geral para ir á barzinhos e conversar com os amigos degustando petiscos e bebericando chopes cremosos e gelados.
Não tinha nenhuma esquisitice aguda, ele apesar de já ter trinta anos, gostava de jogar video game, e investia algum dinheiro nisso, uma esquisitice moderada.
Ela, apesar de ter só vinte e sete, colecionava bibelôs. Tinha vários em casa. Outra esquisitice moderada.
Se davam bem. Após algumas semanas quem os conhecia dizia que acabariam se casando, tamanha eram as afinidades entre os dois e a naturalidade com que pareciam se complemetar.
Mas algo aconteceu... Foi numa tarde nublada de sábado, os dois estavam sentados confortavelmente no sofá da sala do apartamento da Fabi assistindo Chuck na TV á cabo, quando Ulisses se levantou para pegar a pipoca que apitava no microondas, e acidentalmente derrubou um bibelô que estava sobre a mesinha de centro.
Ele se desculpou, e, preocupado, começou a juntar os cacos fazendo cara de enterro.
Fabi se levantou, também, ajudando-o, e disse que não havia problema, que era só um enfeitezinho.
Foi quando Ulisses, com a cabeça do tal bibelô na mão, disse, sorrindo:
-Pelo menos era o enfeite mais feio dessa tua coleçãozinha doida.
Fabiana sorriu sem dizer nada. E Ulisses foi apanhar a pipoca. Enquanto rasgava o pacote para colocar as pipocas em uma tigela, ouviu um ruído atrás de si. Ao se virar, deparou-se com Fabi, segurando uma faca.
Foi o cheiro que alertou os vizinhos, várias semanas mais tarde, de que algo estava errado na casa de Fabi.
A polícia levou quase duas semanas para achar todos os pedaços de Ulisses, espalhados pelo apartamento inteiro.
Ela foi presa, todas as evidências apontavam para ela, mas ela jamais admitiu o crime.
Ninguém soube, mas não fora o fato de Ulisses ter quebrado seu bibelô favorito, tampouco a ofensa dele á peça, foi a expressão "dessa tua coleçãozinha doida".
Naquele momento, Fabi, que sempre supôs ser compreendida por Ulisses, percebeu que não era. Percebeu que enquanto ela achava perfeitamente normal ele jogar video game, apesar da idade, ele apenas tolerava a maluquice dela com relação aos bibelôs.
Aquele choque de realidade, aquela quebra tão abrupta de confiança, foi o que transformou a Fabi.
E, analizando friamente, ela meio que teve razão.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
-Iuri, tu me ama?
-Que pergunta é essa, minha coelhinha?
-Eu quero saber, ué...
-Sua boba... Tu sabe a resposta...
-Não sei não, fofucho... Diz pra mim... Tu me ama?
-Ora, meu anjinho, minha lindinha... Tu sabe a resposta...
-Fala pra mim, pituquinho... Eu quero ouvir...
-Sua bobinha linda... Eu não preciso dizer.
-Precisa, sim, amô-or... Diz pra mim... Tu me ama?
-Que fofura... Que amorzinho que tu é...
-Pára de enrolar, Iuri... Tu me ama, ou não?
-Amo, sim, senhora.
Autoridade: O segredo de uma boa relação.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A primeira é pra mim! Direto no peito, arrebentando a caixa torácica... Sim, sou uma plena idiota!!!
ResponderExcluirSerá que há tratamento?
Cinta de cilício?
Alguma outra dica de flagelo???
caraca! ninguém é idiota por amar! se não, tô f#*&*a! triste isso capitão, bem triste! e esse tempo todo não valeu de nada! triste!
ResponderExcluir