Pesquisar este blog

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Resenha DVD: Fúria de Titãs


Foi na semana passada, na sexta-feira, que eu finalmente assisti Fúria de Titãs, remake do clássico britânico de 1981 repleto de stop-motion e que alegrou muito moleque, incluindo eu, em tardes regadas á toddynho e biscoito champagne.
Foi apenas por falta de tempo que eu perdi o filme quando ele esteve nos cinemas, curto mitologia em geral, especialmente a grega, e sabia que tinha alguns nomes legais no elenco do filme.
O Perseu da vez seria Sam Worthington, o Jake Sully de Avatar, que eu ainda acho que vai ser o Schwarzellone (Meio Schwarzenegger, meio Stallone) de uma geração, Mads Mikkelsen, o Le Chifre de 007-Cassino Royale, além de Ralph Fiennes e Liam Neeson, e seria dirigido por Louis Leterrier, o mesmo dos bacanas Cão de Briga e O Incrível Hulk.
Então, tínhamos um bom elenco, um diretor com boa mão pra ação, e uma premissa bacana que mudava vagamente a história do filme de 81.
Nessa nova versão temos Perseu, uma criança encontrada pelo pescador Spyros (Pete Postlethwaite) em um esquife jogado no mar junto ao cadáver de sua mãe. Spyros adota o menino e o cria como seu filho. Já adulto, Perseu vê, impotente, o deus Hades matar sua família adotiva, é recolhido por soldados de Argos e levado ao rei da cidade, que declarou "guerra" aos deuses do Olimpo.
O desrespeito dos nobres coloca Argos na mira de Hades, que convence Zeus á lhes dar uma prova de força na forma do Kraken, o último Titã.
Hades ordena, então, que Argos escolha entre sacrificar a princesa Andrômeda, cuja beleza é comparada à dos deuses, ou sofrer a fúria do Kraken, ao mesmo tempo em que identifica Perseu como filho bastardo de Zeus.
Perseu, então, se dispõe á encontrar um modo de derrotar o Kraken, junta um grupo de soldados e caçadores e parte rumo ás bruxas estigeanas, que após uma negociação meio brusca, contam que a única forma de acabar com a ameaça é usando a górgona Medusa, monstro cujo olhar transforma tudo em pedra, e que vive além do rio Styx. Entre uma parada e outra, o grupo ainda tem que lidar com Calybos (Jason Flemyng), antigo rei transformado em monstro por desonrar Zeus, escorpiões gigantes, harpias e outros monstros.
Pois, então, parecia que não podia dar errado, não é?
É... Mas não rolou.
Começando pelo roteiro, que tem mais furos que uma rede, passando pelo elenco, péssimo no filme, e terminando em Leterrier, diretor que parece focar na ação e esperar que o elenco se dirija sozinho, Fúria de Titãs taxia pela pista mas jamais decola, mostrando um protagonista meio frouxo no papel de herói relutante, com um grupo de companheiros que parece aceitar qualquer um que for idiota o bastante para querer ir junto (Sério, o modo como membros vão se unindo ao grupo de Perseu é constrangedor) em uma missão que, á certa altura, nós até esquecemos pra que era mesmo.
O único coadjuvante com algum peso é o Draco de Mikkelsen, os demais estão ali apenas pra morrer, e, como têm pouco tempo de tela, não deixam saudades, nem a homenagem discreta ao filme original na forma de corujinha mecânica Bubo, perdida em um baú de armas ajuda.
No final das contas temos um filme de ação com efeitos especiais legais uma ou duas tiradas engraçadas e algumas lutinhas bem coreografadas que desperdiça o talento de um elenco de primeira e uma oportunidade como poucas de criar um novo clássico.
No caso desse remake, a bolacha champagne e o toddynho são melhores do que o filme.

"Deixe que eles saibam que homens fizeram isso."

4 comentários:

  1. Ui!!!
    Essa foi forte, Capitão!!!
    Ainda bem que assisti antes de ti!!!

    Eu achei bom. O ator é bonitinho, eles usam umas sainhas...

    Tá, o de 81 era melhor!
    Mas óh, quer melhor, muda pra hdtv!!!

    ResponderExcluir
  2. Nossa, deve ser muito legal assistir filme com você, bolacha champagne, todynho, fanta, muita originalidade, eu nunca saio da coca-cola, coisa mais sem graça rs

    Esse filme tem muuuitos diálogos vergonhosos, tinha conversas que pareciam vindas diretamente das novelas mexicanas, desse jeito nem a mini saia do Schwarzellone prendia a nossa atenção !

    ResponderExcluir
  3. Ahahahaha, pôxa, lady Bast uma outra amiga minha defendeu o filme sob o mesmo argumento:
    O Perseu é bonitinho e tá de mini saia.
    Mas tu há de convir que, pra mim, esse argumento não convence.
    E Laís, pôxa, variação é o tempero da vida. Pringles e suco de uva, bombom de chicabon e schweepes citrus também tão no menu, eheheheh.

    ResponderExcluir
  4. Eu preciso me beneficiar com alguma coisa!!
    Vai ver foi um daqueles dias que se esquece que tem cérebro, que tá nem aí pras críticas, só se quer ver alguma coisa diferente.
    Uma prova disso, é que o que ficou mesmo foi a sainha, hehe.

    ResponderExcluir