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segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Quadrinhos: Kick-Ass 2
Foi na sexta-feira, depois de já ter assistido à adaptação cinematográfica, que finalmente encontrei o encadernado Kick-Ass 2, de Mark Millar e John Romita Jr. pra vender.
Após o sucesso de Kick-Ass, de 2008, que recebeu críticas muito positivas e gerou um longa metragem cinematográfico de sucesso em 2010, era óbvio que Mark Millar, que não dá ponto sem nó, estava louco pra dar sequência ao final aberto da sua mini-série.
Essa Kick-Ass 2, dá sequência tanto ao quadrinho de 2008 quanto à mini-intermediária, Hit-Girl, ambas já publicadas no Brasil e comentadas aqui na Casa do Capita.
Em Kick-Ass 2, Dave Lizewski toca seu treinamento com Mindy Macready visando se tornar um vigilante mais eficaz enquanto Chris Genovese, o ex-Red Mist, após se cansar de ser explorado por charlatões que prometiam ser capazes de torná-lo um Batman do mal, resolve usar a grana de sua família para contratar capangas especializados que possam cometer atrocidades em seu nome buscando vingança contra Kick-Ass e a Hit-Girl, responsáveis pela morte de seu pai.
Infelizmente para Dave, Mindy é forçada por seu padrasto, Marcus, e pela saúde mental debilitada de sua mãe, a colocar de lado toda e qualquer relação com sua vida de vigilante, incluindo aí os treinamentos de Dave, que se vê novamente por conta própria.
Pelo manos até contatar o Doutor Gravidade na internet, e se unir a ele e outros super-heróis da vida real, o Coronel Estrelas e o Tenente Listras, a dupla Lembrem-se de Tommy, o Batalheiro, a Night Bitch, e o Homem-Inseto e formar a Justiça Eterna, o primeiro super-grupo do mundo.
O problema é que, conforme os atos da Justiça Eterna escalam de dar sopa aos pobres e apanhar ladrões de bolsa nas ruas para fechar prostíbulos e atacar a máfia, o mesmo ocorre com Chris Genovese, que abandona a identidade de Red Mist para se tornar o Motherfucker, e aliado aos seus supervilões, o Tumor, Genghis-Carnage, e Mãe-Rússia, e literalmente toca o horror tanto para atrair a atenção de Kick-Ass e Hit-Girl, quanto para conspurcar o sonho de super-heróis da vida real.
Os atos odiosos do Motherfucker fazem com que a polícia feche o cerco contra todos os mascarados, incluindo Kick-Ass e seus colegas de Justiça Eterna, que precisam lidar tanto com as forças da lei quanto com a Liga do Mal, que coloca os super-heróis na alça de mira.
Nessa situação desesperadora, a Hit-Girl pode ser a grande trunfo dos super-heróis, mas presa à sua promessa ela permanece se abstendo da vida heroica, o que pode significar o fim da iniciativa heroica da vida-real.
Comparado ao filme ao qual deu origem, Kick-Ass 2 é bastante fiel, em geral, o longa metragem tratou apenas de reduzir o banho de sangue e amainar a crueldade do Motherfucker fazendo algumas piadas com situações que, no quadrinho, ficam mais brutais.
Mark Millar não tem lá muita noção de limite em Kick-Ass e Hit-Girl, que são quadrinhos quase gore, tamanha a quantidade de sangue, tripas e gosma que mostram, esse, porém, não chega a ser o verdadeiro problema do quadrinho.
Enquanto no filme o diretor e roteirista Jeff Wadlow deu um tapinha aqui e ali para mostrar uma trama onde os personagens amadureciam e enfrentavam novos problemas além da identidade secreta (Talvez um recurso obrigatório, já que Chloe Moretz já se tornou uma adolescente e Aaron Johnson não tem mais tanta cara de menino), no quadrinho tudo gira em torno unicamente da vingança de Motherfucker e de como Dave e seus novos colegas lidam com ela.
Some um pouco daquela sensação da empolgação de ser um super-herói de verdade, e surge um grande acerto de contas que é praticamente uma briga de gangues, dando a sensação de que Kick-Ass 2 foi escrita às pressas para que o filme pudesse ser produzido e Millar enchesse os bolsos de dinheiro.
O roteiro do escocês é cheio de vícios, e embora seja divertido em certos pontos, em outros é simplesmente maçante. Os desenhos de John Romita Jr. seguem ótimos, exalando movimento em cada quadro, a arte-final de Tom Palmer é muito boa, e as cores de Dean White, apesar de meio escurecidas, dão o recado.
Em suma Kick-Ass 2 não é boa como o original, e certamente não encosta no filme, bem superior, apesar disso, tem um final sombro interessante, que deixa a porta aberta pra uma terceira parte que pode se justificar se der origem a um filme tão bacana quanto Kick Ass 2.
O encadernado de capa dura com verniz localizado, papel esperto no miolo e duzentas e doze páginas custa R$56,00, e só vale o investimento se tu for um fã muito declarado.
"-Senhoras e senhores, obrigada pelo apoio, foi uma honra servi-los"
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