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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Resenha DVD - G. I. Joe - Retaliação


Em 2009 eu assisti G. I. Joe - A Origem de Cobra no cinema.
Parecia um risco calculado, os trailers deixavam bem claro que o filme era ruim, mas em mais de uma ocasião eu me diverti no cinema vendo filmes ruins. Alguns deles inclusive do diretor Stephen Sommers, o responsável por aquela primeira adaptação dos brinquedos, desenhos animados e quadrinhos de Comandos em Ação à telona. A Múmia e O Retorno da Múmia, eram óbvios filmes ruins que eram divertidos de ver no cinema, por exemplo.
Mas G. I. Joe - A Origem de Cobra era tão ruim, que só não foi o pior filme de 2009 porque a FOX havia cometido Dragon Ball - Evolution, que conseguiu a proeza ímpar de suplantar a ruindade do filme dos Comandos em Ação.
Ainda assim, fez 300 milhões de dólares entre bilheteria doméstica e estrangeira contra um orçamento na casa dos 175 milhões, de modo que garantiu que uma sequência surgisse...
Essa sequência é esse G. I. Joe - Retaliação, lançado em março desse ano e que eu aluguei quase que por curiosidade mórbida na sexta-feira.
O diretor Jon M. Chu comanda a fita que mostra o que acontece quando os Joes são vítimas da retaliação do título, orquestrada pela organização pérfida dos Cobra.
Infiltrados nos mais altos escalões do governo dos EUA desde o final do primeiro filme, os vilões voltam à carga após Storm Shadow (Byung-hun Lee)libertar o comandante Cobra (Luke Bracey) e Zartan (Arnold Vosloo), na pele do presidente dos EUA (Jonathan Pryce), voltar a máquina de guerra norte-americana contra os Joes, e exterminar a maior parte dos operativos da unidade, que fica reduzida a apenas 4 combatentes:
Roadblock (Dwayne The Rock Johnson), Flint (D. J. Cotrona), Snake Eyes (o Darth Maul Ray Park), e Lady Jaye (A delicinha quase Mulher-Maravilha da TV, Adrianne Palicki).
Tendo que enfrentar a conspiração dos Cobra, reforçados pelo brutamontes Firefly (Ray Stevenson), o governo dos EUA e tentando descobrir como foram colocados no topo da lista dos mais procurados não apenas dos Estados Unidos, mas de todo o mundo livre, os heróis recebem a ajuda do general Joe Colton (Bruce Willis), o Joe original, e do mestre cego da ordem dos ninjas (RZA), que escala a novata, Jynx (Elodie Young), para se unir a Snake Eyes em sua missão.
Agora, esse grupo de sobreviventes terá que se desdobrar para impedir que os Cobra usem a influência dos Estados Unidos para destruir todos os arsenais atômicos da Terra e dominem o mundo!
Retaliação tenta ser mais sério e pé no chão na comparação com seu predecessor, cheio de piadinhas infames e equipamentos absurdos, mas isso é praticamente impossível quando estamos falando de um longa metragem de "guerra" baseado em brinquedos com censura livre.
O carisma de Dwayne Johnson e Bruce Willis (repetindo o trabalho em RED e Os Mercenários), as boas cenas de ação dos ninjas (Apenas isso, boas)e a bela estampa de Élodie Yung e especialmente de Adrianne Palicki (O único quesito em que G. I. Joe não deixou a desejar em nenhum dos filmes, atrizes bonitas) não são suficientes pra encobrir o fato de que o roteiro do filme simplesmente não convence.
Em que se reconheça o mérito de não tentar transformar Retaliação em um remake ou reboot, também há de se deixar claro que a história é bagunçada, e apenas recicla conceitos já vistos em outros filmes de ação (melhores), e as reviravoltas simplesmente não fazem sentido, dando a impressão de existirem apenas porque, como numa brincadeira de criança, "esse boneco é legal, vamos virá-lo pro lado do bem!".
G. I. Joe - Retaliação é superior ao filme de 2009, consegue ser mais realista e sombrio (palavra/conceito da moda no cinemão dos EUA), mas isso significa quase nada, já que A Origem de Cobra era imbecil e completamente esquizofrênico em seu roteiro e execução, face à ruindade de proporções bíblicas do primeiro filme, isso significa muito pouco mérito.
A série G. I. Joe é totalmente esquecível e com sorte povoará apenas a sessão da tarde em alguns anos.

"-A revolução Cobra começou."

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