Pesquisar este blog

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Resenha Série: O Justiceiro, Temporada 1, Episódio 7: Crosshairs


O Justiceiro quebrou a barreira da metade da temporada com um episódio que, mesmo estando aquém dos melhores momentos da série, manteve um bom nível, mostrando que a história solo de Frank Castle tem muita bala na agulha.
Ao longo de um capítulo que se diluiu entre múltiplas linhas narrativas acompanhamos o que parece ser o passo definitivo de Lewis em um caminho sem volta quando ele, após ter assassinado O'Connor, volta pra casa e, após uma tocante conversa com seu pai, parece manter-se inexorável em seu caminho rumo às profundezas.
Lewis, mais do que Frank, é a epítome do soldado com transtorno de estresse pós-traumático que volta da guerra e não consegue mais se encaixar. É admirável que uma série baseada em giis que coexiste com Luke Cage, Punho de Ferro e Demolidor tenha a coragem de abraçar um assunto tão delicado da forma como O Justiceiro está fazendo, e o faça de maneira tão acertada.
Por mais que, inicialmente, possa parecer que a trajetória de Lewis é completamente desligada da de Frank, um problema que praticamente destrói o segmento de Dinah Madani e Sam Stein, o fato de Lewis ser, de certa forma, um reflexo de Frank, nos impele a querer saber mais dele. Do que acontecerá a ele em seu futuro. E qual será seu papel, de fato, em O Justiceiro.
O fato de ele ter terminado sua participação nesse capítulo preparando uma bomba caseira em uma panela-de-pressão me deu uma ideia muito vívida de qual será o envolvimento dele no futuro de alguém, mas enfim, eu posso estar errado... De qualquer forma, o fato de Lewis não ser mostrado como um personagem glorificado ou demonizado é digno de nota, e de aplausos, por parte de público e crítica.
Enfim, enquanto Lewis segue sua decida, Frank e Micro dão seu próximo passo na missão de expôr o Agente Laranja com um plano audacioso, Frank irá se infiltrar em uma base militar e interrogar o coronel Morty Bennett (Andrew Polk), outro rosto do passado de Castle na Operação Cérberus, o problema é quem mais pode estar sabendo dos planos da dupla, que segue na mira de Rawlins e de Billy Russo.
Rawlins é um vilão OK, mas francamente, eu tinha pra mim que ele seria o proverbial vilão a morrer no sétimo episódio de uma série Netflix. Nada contra Paul Schulze, o intérprete do Agente Laranja, mas há muito pouco que ele possa fazer interpretando um personagem que é um agente corrupto da CIA, e era isso.
Por outro lado, Billy Russo ganha estofo no carisma de Ben Barnes, entretanto é outro personagem carecendo de um pouco mais de profundidade. Nós sabemos que ele é um sujeito ambicioso, que gosta de carrões, casas de campo e contratos com o governo, OK, mas será que é apenas isso? Dinheiro foi a única razão para que ele traísse Frank e se corrompesse?
É possível, mas eu gostaria que houvesse um pouco mais aí, especialmente porque, quando Billy fala a respeito de Castle, ele demonstra genuína admiração por seu irmão de armas. Seria uma pena se ele fosse apenas outro bandido unicamente atrás de grana.
Enquanto isso, o escritório da Segurança Nacional segue sendo o ponto mais fraco do programa. Mesmo com Madani e Stein percebendo um padrão nos acontecimentos recentes e partindo para caçar um grampo no escritório de Dinah, o segmento dos dois ainda é deslocado do resto da série. Talvez a conversa entre a dupla, onde Sam diz que Madani é como Frank Castle possa ser um indicativo de que, em algum momento, esses dois personagens ganharão alguma relevância na trama, talvez, até, formando uma parceria com Frank e Micro. Nesse meio tempo, porém, eles seguem sendo a parte mais dispensável de um programa com ótimos personagens.

"-Foreman não pôde fazer do jeito que queria... E perdeu. O outro cara mudou seu jogo. Achou um jeito de vencer."







Nenhum comentário:

Postar um comentário