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sábado, 11 de agosto de 2018

Top 10 Casa do Capita: Os Pais Mais Legais da Cultura Pop

Amanhã é o segundo domingo de agosto, o dia de homenagear os pais, aqueles homens que, idealmente, suam a camisa pra colocar comida na mesa e têm a fibra moral pra tentar te ensinar a ser uma pessoa decente em um mundo que está sempre te dizendo que ser indecente é OK. Aquele sujeito que tem uma ponta de decepção no olhar quando vê teu brinco novo. Que sentou pra te ensinar regra de três no domingo de noite até largar tudo de mão quando percebeu que tu estava desenhando no canto da folha do caderno ao invés de prestar atenção na explicação dele. Que te disse que "aquele bosta não é homem pra ti" e que tu podia voltar pra casa quando tu quisesse. Enfim, o sujeito que não estava preparado pra ser o responsável por um filho ou filha, mas que faz o melhor que pode.
A Casa do Capita toma parte na festividade elencando os dez pais mais bacanas da cultura pop, seja no cinema, na TV, Quadrinhos ou literatura. Leia, e depois manda, pelo menos, um áudio por whatsapp pro velho. Ele merece.


10 - Eddard (Ned) Stark (Game of Thrones)


Reto feito uma flecha e honrado demais para seu próprio bem, Eddard Stark pode não receber nenhum prêmio de pai do ano em nosso mundo super-protetor, mas no universo medonho de Westeros, ele é quase um urso de pelúcia quando comparado a caras como Randyll Tarly e Tywin Lannister, que, de modo geral, escolhiam um filho pra mimar e outro pra ferrar.
A fortaleza moral de Ned Stark é mais sólida que Winterfell, e se não ajudou todos os seus muitos rebentos a sobreviver às intrigas que infestam o mundo criado por J. R. R. Martin, certamente os ajudaram a morrer como homens de bem.


9 - Jim Hopper (Stranger Things)


O xerife gordão da cidade de Hawkins, Indiana é mostrado inicialmente como um alcoólatra e viciado em bolinhas que tem uma abordagem meio relaxada para com seu trabalho como homem da lei. Se a princípio chega a dar a impressão de que ele está aquém dos bagulhos sinistros que começam a pipocar na cidadezinha após o desaparecimento de Will Buyers, não tarda para a audiência descobrir que muito da displicência de Hopp tem a ver com seu passado trágico, e que por trás da fachada, há o coração de um herói e amor paterno de sobra até mesmo para acolher a jovem Onze, a quem adota como filha.

8 - Estoico, o Vasto (Como Treinar o Seu Dragão)


O poderoso guerreiro viking, chefe da vila de Berk não começa muito bem no tocante à paternidade. Tudo o que Estoico quer é que seu filho, Soluço, seja um brutamontes igual a todos os outros guerreiros da aldeia, e mate dragões como todos os outros vikings têm feito desde sempre para desespero do cerebral e esquálido moleque que não consegue se entrosar.
Turrão, Estoico custa tanto a entender seu filho que quase coloca a relação dos dois a perder, mas quando finalmente cai em si, reconhece seus erros e assume o lado de Soluço e Banguela sem restrições, e com o tipo de orgulho que só os pais são capazes de sentir.

7 - O Pai do Calvin (Calvin & Haroldo)


Um entusiasta da vida ao ar-livre que acredita piamente que passar um pouco de trabalho forma o caráter, o pai de Calvin é um sujeito muito mais espirituoso e compreensivo do que o moleque de seis anos é capaz de notar.
O homem que ensinou Calvin a fazer bonecos de neve e que constantemente o sacaneia ao sugerir que eles não têm parentesco ou que o guri foi comprado em uma liquidação é claramente uma das fontes da imaginação de Calvin, algo que fica claro quando ele responde questionamentos do filho com respostas inventadas incrivelmente elaboradas que apresenta como fatos, ou quando ele é capaz de deixar o trabalho para tarde da noite apenas para brincar com Calvin na neve numa tarde de domingo.

6 - Scott Lang (Homem Formiga)


Scott Lang pode não ser muitas coisas nessa vida, mas ele certamente é um bom pai.
Nos quadrinhos, o gatuno está disposto a qualquer coisa para salvar a filha Cassie, inclusive arriscar a própria liberdade ao roubar a tecnologia de encolhimento de Hank Pym e começar uma onda de roubos.
No cinema Lang ganhou a cara de Paul Rudd e Pym em pessoa como mentor, mas sua ideia ainda é ter como se relacionar com Cassie, que segue sendo sua motivação primordial para se tornar um super-herói. Seja como for, tudo o que Scott faz, ele faz por Cassie, e isso, meus amigos, é paternidade.

5 - Alfred Pennyworth (Batman)


Alfred Pennyworth não é, obviamente, o pai biológico de Bruce Wayne. Alfred foi o guardião legal de Bruce após a morte de Thomas e Martha Wayne, e ao longo de sua vida acumulou as funções de mordomo, guarda-costas, enfermeiro, médico, assistente e tantas outras que o tornaram o mais constante e importante parceiro de Wayne em sua incansável guerra contra o crime sob o manto de Batman. Entretanto, além de suas inúmeras atribuições profissionais, há outra que Alfred assumiu para si apenas por afeto a Bruce: A de figura paterna.
Ainda que Bruce Wayne tenha tido contato com seus pais na infância, enquanto crescia como um jovem cheio de raiva, seu modelo de comportamento e rocha de estabilidade emocional foi Alfred.
Os ensinamentos do cavalheiro britânico de modos irrepreensíveis são uma parte importantíssima de quem o Batman é. Talvez, a melhor parte.

4 - Marlin (Procurando Nemo)


Um super-protetor peixe-palhaço que não consegue deixar de sufocar seu filho após uma tragédia custar-lhe toda a sua família, Marlin surge como um pai fraco e excessivamente zeloso quando o conhecemos. Entretanto, após seu filho Nemo ser capturado por um mergulhador, o comediante sem graça mostra o tamanho de seu amor e a firmeza de sua devoção ao cruzar o oceano inteiro para recuperar seu filhote.
Com todos os ingredientes que tornam a Pixar a Pixar dos estúdios de animação, Procurando Nemo é uma ode ao amor paterno, e Marlin seu mais obstinado representante.

3 - Jonathan Kent (Superman)


Se Kal-El tivesse sido criado por pais sequer remotamente dúbios em sua moral, o planeta Terra, e quiçá o universo, estariam em maus lençóis. Por sorte, o alienígena de poderes quase divinos foi acolhido por Martha e Jonathan Kent, dois bastiões de bondade que tornaram um ser que poderia fazer o que quisesse em um herói que escolheu ajudar tantas criaturas quanto possível.
Um fazendeiro modesto, Jonathan incutiu em Clark a importância de deixar a vida seguir seu curso, o valor das coisas que germinam e crescem e a decência de alguém que labuta com as próprias mãos para sustentar os seus. O sucesso da paternidade de Jonathan é do tamanho da lenda do maior dos super-heróis.

2 - Ben Parker (Homem-Aranha)


Sem a sabedoria de Ben Parker não existiria o Homem-Aranha. Foi o proletário humilde que moldou o herói mais famoso da Marvel ao acolher o sobrinho órfão e incentivá-lo a desenvolver sua inteligência muito acima da média e prover-lhe da melhor forma que pôde.
Ben alimentou as melhores facetas da personalidade do sobrinho em vida, e praticamente criou o Homem-Aranha na morte, ao deixar dolorosamente claro para Peter Parker que o poder não vem de graça. Após a morte do tio, Peter Parker abraçou a responsabilidade de ser um herói, deixando claro o tamanho do peso de Ben Parker em sua criação, e que, mesmo sem ser seu progenitor, Ben foi seu pai.

1 - Atticus Finch (O Sol é Para Todos)


Meu filme favorito em todos os tempos também tem o pai mais sensacional do cinema e da literatura:
Atticus Finch.
O advogado sulista de fibra moral inabalável que secretamente era o melhor atirador da cidade e que não tinha medo do julgamento de seus conterrâneos ao aceitar defender um homem negro acusado de um crime que não cometeu durante a Grande Depressão era, ainda, o pai amoroso de dois filhos pequenos a quem jamais deixava sem uma resposta honesta a qualquer pergunta, por mais cabeluda que fosse. Nas palavras da pequena Scout Finch " Parecia não haver nada e nem ninguém que Atticus não fosse capaz de explicar.".
A epítome do homem de bem, e um dos maiores heróis do cinema, Atticus também é o pai mais bacana da cultura pop para esse blogueiro que vos escreve.

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