Bem vindos a casa do Capita. O pequeno lar virtual de um nerd à moda antiga onde se fala de cinema, de quadrinhos, literatura, videogames, RPG (E não me refiro a reeducação postural geral.) e até de coisas que não importam nem um pouco. Aproveite o passeio.
Pesquisar este blog
terça-feira, 19 de março de 2019
Apaixonado, Mesmo
Era domingo de noite. Estavam aconchegados um no outro entre sentados e recostados no sofá da sala engajados no que era uma das atividades mais secretas de seu rol de interesses variados.
Quando não estavam lendo livros, assistindo noticiários ou filmes dos mais variados gêneros e origens, assistiam avidamente ao Masterchef.
E não podia ser a versão original, do Gordon Ramsey.
Ah, não.
Precisava ser o nacional. Apresentado pela Ana Paula Padrão, com o Jacquin, a Carosella e o Fogaça. Era uma daqueles coisas que ele jamais imaginou que ela gostasse, e que ela jamais imaginou que ele gostasse, mas que os dois adoravam porque... Porque... Francamente, não dá pra saber por que. Aqueles dois não faziam lá muito sentido de tanto que faziam sentido juntos.
Enfim, era domingo, e eles assistiam Masterchef juntos. Ela, cheirando divinamente escorada contra o peito dele, que a segurava junto de si com um dos braços enquanto tinha o outro pousado sobre o encosto do sofá, se remexeu jogando os pés delicados ao chão assim que começou o intervalo:
-Me solta um pouco... - Disse.
-Por que? - Ele perguntou, fingindo desinteresse, enquanto a segurava um pouco mais forme.
-Pra eu ir no banheiro... - Ela riu.
-OK... - Ele assentiu sem soltá-la ou sequer afrouxar a pegada. -Mas isso vai te custar.
-O que? - Ela perguntou, sorrindo enquanto voltava o olhar pra ele.
-Um beijin - Ele começou, mas deteve-se. -... Não... Um beijão. - Sentenciou.
Ela se inclinou e o beijou.
O beijo deles era bom demais. Credo, que baita beijo...
Se beijaram e enquanto se beijavam ele tocou de leve o rosto dela, e sua mão deslizou-lhe até o pescoço, e então à cintura, por onde ele a puxou para perto o suficiente para envolvê-la com os dois braços enquanto se beijavam. Ela tinha uma das mãos no peito dele, a outra em sua bochecha barbada, e ele era capaz de sentir o coração dela batendo dentro do peito quando seus corpos se colavam como estavam agora.
Após longos segundos, ele descolou os lábios dele dos dela, a olhou com um sorriso e declarou-se:
-Eu te amo.
Ela sorriu que sabia, e levantou para ir ao banheiro.
Quando voltou, ele estava deitado em uma posição diferente, ocupando o sofá inteiro. Ela parou diante dele e disse:
-Me dá um cantinho...
-Por que? - Ele perguntou, fingindo desinteresse enquanto olhava a TV com descaso.
-Pra eu sentar... - Ela disse, com um sorriso impaciente querendo se formar.
-OK... - Ele assentiu. -Mas isso vai te custar.
Ela sorriu um sorriso aberto de vez.
Aquele imbecil era completamente apaixonado por ela, mesmo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário