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terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Abel, Não
Confesso que estou com o estômago revirado após ler as últimas entrevistas de Vitório Píffero, candidato da oposição à presidência do Inter para o biênio 2015/2016.
O candidato que, comentava-se, tinha acerto verbal com o técnico Tite para comandar o Internacional na Libertadores 2015 declarou com todas as letras, que seu preferido para o comando técnico do Inter no ano que vem é, de novo, Abel Braga, alardeado como o treinador da situação, encerrada na figura de Marcelo Medeiros, o invisível vice-de futebol de Giovanni Luigi, atual presidente.
Eu nem sei por onde começar a desenrolar meu rosário de queixas...
Não tenho nada contra o Abel pessoalmente. Admiro seu alardeado Coloradismo (ainda que duvide dele, cético que sou.), sou extremamente agradecido pela Libertadores e pelo Mundial de Clubes 2006, gre-Nal do Século, e outros trunfos seus à frente do escrete Colorado, mas não agradeço pela vaga direta à Libertadores no campeonato encerrado domingo.
Não agradeço porque o Inter esteve em condições de assumir a liderança do campeonato ao longo da competição, e não foi capaz de fazê-lo.
Não agradeço porque o Inter perdeu a segunda colocação de maneira completamente lamentável, e chegou a perder a terceira e até a quarta colocação à certa altura.
Não agradeço porque o Inter é um dos maiores clubes do Brasil, gasta como tal, e vaga à Libertadores é obrigação mínima de uma equipe do porte e da estatura do Internacional.
Então, não vou fazer coro com aqueles que acham que o trabalho do Abel foi brilhante por ele ter feito, nesse ano, a melhor campanha da História do Inter no universo do campeonato Brasileiro por pontos corridos com vinte clubes.
Não agradecerei pelo seu Inter ter feito vinte e um pontos a mais do que no ano anterior com "praticamente o mesmo time" (uma balela já que, neste ano, tivemos os reforços de Paulão, Ernando, Alan Costa, Alisson, Eduardo Sacha e Charles Aránguiz), nem tampouco por ele ser um "paizão" dos jogadores...
Não agradeço por nada disso.
Não agradeço porque após um ano de comando de Abel Braga, ninguém era capaz de entender como o Inter jogava.
Porque o Inter não tinha uma jogada além do balão da zaga pra área adversária.
Porque o Inter levou 5 x 0 da Chapecoense.
Porque levou 4 x 1 do grêmio.
Porque perdeu para o Vitória em casa.
Porque perdeu, de virada, para o Figueirense no Beira-Rio.
Porque vencia o Botafogo no Rio por 2 x 0 e conseguiu levar o empate.
Porque foi incapaz de vencer qualquer um dos clubes no G-4.
Porque levou um nó tático de Vanderlei Luxemburgo.
Porque levou um nó tático de Mano Menezes.
Porque levou um nó tático de Luís Felipe.
Porque foi eliminado da Copa do Brasil, em casa, pelo Ceará.
Porque foi eliminado da Sul-Americana, em casa, pelo Bahia.
Porque mandou que Giovanni Luigi guardasse "seu dinheirinho" porque confiava em Rafael Moura e Wellington Paulista.
Porque considera Willians indispensável.
Porque disse que as renovações de índio e Juan eram prioritárias.
Porque colocou o Wellington Paulista em campo sempre que teve oportunidade, nem que fosse como meia-esquerda.
Porque indicou Wellington Silva e Gilberto.
Porque tinha o Dida como titular absoluto do gol.
Porque não levou o Nilmar para os últimos jogos para que a torcida não "pegasse no pé" de Rafael Moura.
Porque disse que Valdívia sentia o peso das partidas mas que Rafael Moura não, porque tinha "psicológico forte".
Porque "parte pra dentro deles" tirando todos os armadores de campo e empilhando atacantes fora de posição.
Porque disse que o Wellington Silva "resolveu o jogo" contra o Palmeiras.
Porque parece incapaz de fazer a leitura de qualquer partida.
Porque parece incapaz de dizer porque o Inter vence ou perdeu qualquer partida no ano.
Porque toda a vez que o time do Inter melhorou foi porque as circunstâncias o forçaram a mudar o time.
Porque deixou Pato no banco e escalou Michel e Gabiru como titulares na Libertadores 2007.
Porque manter Abel no cargo após 2014, é reincidir no erro cometido quando Celso Roth foi mantido no cargo após o Mundial 2010.
O Inter precisa urgentemente de oxigenação, e isso passa pela cartolagem, pela comissão técnica e pelo time.
A camisa colorada faz o trabalho duro. Mas não faz milagre.
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