Bem vindos a casa do Capita. O pequeno lar virtual de um nerd à moda antiga onde se fala de cinema, de quadrinhos, literatura, videogames, RPG (E não me refiro a reeducação postural geral.) e até de coisas que não importam nem um pouco. Aproveite o passeio.
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Rapidinhas do Capita
O Giordano, má pessoa, mau marido, mau amante, resolveu brincar com a esposa. Mandou-lhe pelo celular uma mensagem que dizia:
"Que tu achas de aparecer aqui no escritório ao meio-dia e almoçar uma piroca bem dura?"
Riu sozinho imaginando a cara da Conceição lendo a mensagem, mas também animou-se a ponto de ir lavar as partes íntimas no banheiro da repartição.
A resposta dela, quando chegou era:
"Não sei... Tem algum homem aí contigo?"
Divorciaram-se.
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A Fabíola comprou um presente de Natal pro Antenor, um perfume que ela gostava muito, colocou em um embrulho junto com alguns chocolates, e anexou um cartão que dizia que ele era o amor da vida dela. Que ele era tudo o que ela sempre quisera em um homem. Que ela mal podia esperar pra eles passarem o resto da vida juntinhos, experimentado, a cada dia, uma felicidade nova.
Na véspera do Natal, a Fabíola entregou o presente ao Antenor, que abriu o embrulho e cheirou o perfume dizendo que era ótimo.
Sua expressão, porém, mudou enquanto ele lia o cartão, e o Antenor passou a noite toda parecendo distante.
Na manhã do dia 26, o Antenor marcou um almoço com a Fabíola, e eles romperam o noivado. A Fabíola nunca entendeu por que, mas acreditou que o Antenor tivesse medo de compromisso.
Não era verdade.
O Antenor andava até bem animado com a ideia de passar o resto da vida com a Fabíola. O problema foi o cartão.
O Antenor achou aquele papo de ser tudo o que a Fabíola queria em um homem, o lance da felicidade nova a cada dia e tal, era muita pressão.
Ele não se sentia capaz de proporcionar uma felicidade nova diária pra alguém. O que afugentou o Antenor da vida da Fabíola foi a expectativa.
O Antenor se pelava de medo de não atender às expectativas dos outros.
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O que fez a Dulce casar com o Godofredo não foi a beleza.
O Godofredo era feio.
Tampouco o dinheiro.
Godofredo era pobre.
Nem a inteligência, foi.
O Godofredo era um sujeito de inteligência medíocre no máximo.
Não...
O que fez a Dulce casar com o Godofredo, amá-lo, honrá-lo e cuidar dele, foi o fato de, na primeira noite em que fizeram sexo, após o ato, que se deu na casa dele, o Godofredo se espichou na cama, passou o braço por trás do pescoço da Dulce, a puxando pra perto de si, ligou a TV com o controle remoto, e o ofereceu à Dulce, que ficou alguns instante olhando pra ele sem entender.
Quando ele disse:
-Escolhe aí um programa pra gente ver.
Ela soube:
Aquele era o tipo de ato de desprendimento que só seria visto no homem com quem ela envelheceria.
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