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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Rapidinhas do Capita


O calor nos últimos dias de dezembro e nos primeiros dias de janeiro estava impossível.
Os termômetros alcançaram 38 graus, mas a sensação térmica esteve acima dos quarenta e cinco em certas áreas de Porto Alegre.
Emergências ficaram lotadas de pessoas com crises de pressão baixa e casos de desidratação, e uma quase epidemia de gastroenterites acometeu os moradores da região metropolitana.
Em nenhum momento, porém, vi nenhum paladino da boa vontade falar mal das pessoas que gostam de calor por sua insensibilidade para com aqueles que não tem como se proteger das mazelas do verão. Não vi nenhum filantropo de botequim afirmar acusadoramente que enquanto os amantes do tempo quente se divertiam na praia havia gente desmaiando de desidratação nas ruas da cidade, o que confirmou minha suspeita de que os fracotes que tem medinho de frio não estão preocupados com as pessoas que passam necessidades durante os dias de inverno, apenas as usam como argumento pra justificar a própria frescura.

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As primeiras características marcantes do novo governo federal, além de um Mercado louco de faceiro, é uma preocupação muito, muito grande com cores.
Ontem mesmo, segundo noticiou-se, as cadeiras do Palácio da Alvorada foram substituídas. Eram vermelhas, agora são azuis. Mas aí, ficou a dúvida:
Por que azuis? Onde as meninas irão sentar? No chão? Ou ficarão de pé?
Porque, também foi noticiado ontem, a ministra das Mulheres Família e Direitos Humanos Damares Alves estava comemorando uma "nova era" em que meninas usam rosa e meninos usam azul... E ninguém deu notícia sobre algumas cadeiras cor-de-rosa para a mulherada poder sentar sem avacalhar as regras da Nova Era...
Aliás, fica mais uma pergunta de como a Nova Era da ministra pastora evangélica fica em relação à preferência do novo presidente, que é louco por verde-amarelo, e odeia vermelho, conforme deixou claro em seu discurso de posse, mas que não se manifestou com relação a azul e a rosa.
Mas tudo isso é secundário. Estamos no Brasil, e precisamos referir as questões mais importantes atingidas por essa celeuma das cores:
E o futebol?
O ódio do presidente e de seus seguidores por vermelho significa que Inter, Flamengo, Sport e outras equipes que tem a cor em seus uniformes sofrerão uma grande seca pelos próximos (idealmente) quatro anos?
E como ficam as torcedoras de Grêmio, Cruzeiro, Paysandu e outros times que vestem azul? Poderão usar o fardamento de seus clubes do coração ou estarão cometendo algum tipo de descalabro?
Considerando esses últimos três dias há apenas uma certeza:
Todas essas perguntas serão respondidas.

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A reapresentação do Internacional para a temporada 2019 ontem foi uma das mais melancólicas de que me lembro em anos recentes, ficando atrás, apenas da reapresentação para a temporada da segunda divisão em 2017. Nenhum reforço que se possa levar em consideração para um grupo que se mostrou insuficiente em 2018 e que perdeu força com a saída de Leandro Damião, e a promessa de refazer tudo o que foi feito no ano passado, ou seja:
Não ganhar nada.

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