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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Resenha Game: Assassin's Creed 2


Nas últimas duas semanas deixei um pouco de lado minha carreira de técnico virtual em FIFA 2010 para me aventurar pela Itália do século XV na pele de Ezio Auditore de Firenzi, um jovem e arrogante nobre que passa os dias brigando com os membros de famílias rivais e traçando as filhas de outros nobres, quando subitamente se vê envolvido em uma trama que envolve os Templários e a organização de assassinos á qual pertence sua família desde o ancestral Altair.


Sim, estou jogando Assassin's Creed 2, sequência imediata do hit de 2007, Assassin's Creed.


Pra quem não lembra, Assassin's Creed foi o jogo que deu um fôlego novo aos jogos de "Cenário Aberto", ambientando a aventura no Oriente Médio na época das Cruzadas e trocando os automóveis e motocicletas das versões contemporâneas por cavalos e ótimos movimentos de corrida em estilo livre, o famoso Parkour.


Os cavalos e o parkour permanecem nessa aventura, assim como a já clássica lâmina oculta com a qual os membros da organização protegem a liberdade da humanidade assassinando conspiradores da pior estirpe. Outra característica que permanece nessa segunda versão é o embasamento histórico, ainda mais enraizado na trama do que na anterior (Matar o histórico traidor Francesco de Pazzi, por exemplo, é muito maneiro.).


Uma das falhas do jogo original era a inevitável repetição de procedimentos antes de realizar um assassinato, você chegava á cidade, salvava cidadãos oprimidos, bisbilhotava conversas alheias, furtava evidências da conspiração, interrogava algum vagabundo, levava as evidências ao "delegado" local do Creed, e recebia a sua pena para matar o safado. É legal, mas os mesmos procedimentos repetidos nove vezes enchiam o saco.


Agora, na nova versão, você muitas vezes é levado pelos acontecimentos até encarar sua vítima. Outras inovações foram o novo sistema de camuflagem (Se antes só os monges escolares serviam de "esconderijo", na nova versão qualquer amontoado de gente funciona pra afastar a atenção dos guardas.), a possibilidade de utilizar diversas armas nos combates (Maças, machados, martelos, lanças e até pistolas.), e novas formas de assassinato oculto, seja puxando sua vítima de uma beirada, seja a arrastando para dentro de uma carroça de feno, há também a adição de maquinários rústicos espertíssimos (Cortesia do amigão Leonardo. Aquele, o Da Vinci, sabe?), e até um sistema financeiro, onde o dinheiro é muito importante para contratar serviços médicos (Ou mercenários, ou ladrões, ou prostitutas.), comprar mapas, armas e munições, reparar suas armaduras e subornar funcionários públicos corruptos para que larguem do seu pé.


O número de obrigações foi ampliado, além de levar justiça e vingança aos conspiradores o jogador também deve administrar a villa de Montereggioni, que pertence á família Auditore, procurar por tesouros ocultos (Inclusive para ter acesso á armadura de Altair!), e outros itens espalhados pelos enormes e belos cenários do jogo.


Para quem não conhece o game original, ele mostrava as aventuras de Altaïr em 1191, através de seu descendente, Desmond Milles, sequestrado pela companhia Abstergo para localizar um tesouro Templário. Ele era ligado ao Annimus, um aparelho capaz de vasculhar a memória genética do usuário, montando o quebra-cabeças que levaria á localização do artefato, chamado pedaço do Éden, e que, de fato, era apenas um de vários iguais, e seria usado para iludir as populações do Mundo e acabar com todos os conflitos.


Ao final do game, Milles desenvolvia os sentidos aguçados de seu ancestral, a Eagle Vision, e descobria que não havia sido o primeiro "convidado" da companhia á utilizar o Annimus, ele descobria isso através de mensagens escritas com sangue no quarto onde era mantido e na sala do Annimus.


Bem, em Assassin's Creed 2 somos apresentandos ao Annimus 2.0, e podemos procurar por pistas deixadas pelo usuário anterior do aparato, o "experimento 16".


Essas pistas são encontradas na forma de puzzles, alguns muito fáceis, outros bastante desafiadores (Eu esbarrei com dois que não fui capaz de decifrar sem ajuda, mandei os escrúpulos lá pra casa do Capita e procurei as soluções na internet.), que, quando resolvidos liberam documentos que montam uma teoria conspiratória muito inteligente, e um video intitulado: A Verdade.


Então, além de se divertir á beça em um jogo bem construído, com uma boa história e ação excelente, você também pode procurar pela verdade, que de fato, está lá fora.


"Nada é verdadeiro, tudo é permitido."

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