Bem vindos a casa do Capita. O pequeno lar virtual de um nerd à moda antiga onde se fala de cinema, de quadrinhos, literatura, videogames, RPG (E não me refiro a reeducação postural geral.) e até de coisas que não importam nem um pouco. Aproveite o passeio.
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sábado, 27 de abril de 2013
Rapidinhas do Capita
Ele vinha andando de um lado do shopping, acompanhado dos seus amigos. Ela ia andando do lado oposto.
Ele a viu de imediato. Sentiu o coração quase parar dentro do peito. Era ela. Linda, de branco, cabelo solto, devia estar cheirosa. Ele a olhou, e ela o olhava de volta, como o abismo de Nietzsche.
Os olhos cheios de mágoa e de desconfiança.
Parecia perguntar "isso é o que restou de nós?", "olhares de esguelha no corredor do shopping center?".
Ele praticamente a ouviu dizer as palavras com a voz séria dela. Com as sílabas bem diferenciadas, mas ainda com o sotaque que ele aprendera a amar. E também em sua mente respondeu, em silêncio, enquanto a via ir embora:
Não. Não só isso. Nunca só isso. Muito mais... Mesmo apartado, alquebrado, magoado e incompleto, ele ainda partilhava com ela... Suas madrugadas eram sempre dela. Juntos, eles possuíam todas as madrugadas do mundo.
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Homem de Ferro 3 revisto.
Inacreditável que ator é o Ben Kingsley. Cara, impressionante o talento daquele inglês. Monstruoso.
Muita gente pode não ter gostado do rumo que o personagem tomou no filme, eu mesmo não achei que tenha sido a mais sábia das escolhas, mas o trabalho do Kingsley é brilhante.
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O Carlos Eduardo e a Edith vinham discutindo pela rua já tinha uns quatro quarteirões, ela ficando cada vez mais exasperada, ele, cada vez mais sarcástico. Ali pelas tantas ele chamou ela de "mal amada" e ela respondeu dando-lhe um tabefe.
Ele a agarrou pelo pulso da mão que ela usara para golpeá-lo e a empurrou de encontro à parede de um prédio próximo, ela lutou pra se desvencilhar dele, ambos cambaleando de encontro a parede até saírem da rua. Ele a segurava firmemente pelo pulso com uma das mãos, com a outra, a agarrou entre o pescoço e o maxilar, e a beijou com fúria. Ela o golpeava com a mão livre fazendo ruídos resfolegantes de quem se esforçava, ele a prendeu de encontro à parede de tijolos usando o próprio corpo para tentar impedi-la de acertá-lo com os joelhos, mas ela ainda tinha uma mão livre e o arranhou violentamente nas costas enquanto o mordia entre o pescoço e o ombro até arrancar sangue.
Ele grunhiu de dentes cerrados enquanto tateava a calça jeans dela.
Assim que encontrou o zíper, ela já lutava não para afastá-lo de si, mas sim para encontrar-lhe o cinto.
O sexo foi ligeiro e feroz.
Saíram abraçados do beco menos de vinte minutos depois de entrarem.
O Carlos Eduardo, pra ser bem franco, não curtia aquela pirotecnia toda. Pra ele sexo ela melhor depois do banho, na cama, no sofá, até no chão da sala, qualquer lugar era melhor que a rua, que ele achava desconfortável e ainda tinha medo de ser pego.
Mas era o que a Edith gostava, então ele ia na dela. Não chegava a ser difícil, sustentar as discussões sem sentido que pareciam excitá-la tanto.
Difícil, mesmo, era conviver com os arranhões, lacerações e hematomas, mas em nome do amor ele faria um esforço.
Quem sabe, conforme ela ficasse mais velha, aceitasse ao menos discutir, brigar e fazer sexo em casa, mesmo?
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