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segunda-feira, 22 de abril de 2013
Provincianismo, Não...
Desde a semana passada vi a celeuma que se criou na internet por conta da nomeação de Carlos Villagrán, o Kiko do seriado Chaves, como embaixador da cidade de Porto Alegre para a Copa do Mundo de 2014.
Não vou repetir a piada que virou febre na internet, de que com a Seleção jogando uma bola quadrada e com um monte de gentalha envolvida, a nomeação do Kiko estaria mais do que correta, não, vou me calar pra não deixar ninguém louco.
Prefiro, mesquinho que sou, me focar justamente na mesquinhez de certos intelectuais e artistas gaúchos que picharam do jeito que puderam a honraria ao Kiko, dizendo que, como gaúchos, não se sentiam representados pelo humorista mexicano.
Bom... Ele não está representando vocês, imbecis.
Está representando uma cidade que deve ser apaixonante até pra quem não vive nela, nem nasceu aqui. Está representando uma cidade que tem que ser atraente para turistas, e ser enaltecida por mais gente do que meia dúzia de pseudo-celebridades que aparecem semanalmente no Jornal do Almoço, ou que escrevem uma coluna num dos pseudo-jornais da cidade.
Eu nasci em Porto Alegre, amo essa cidade e francamente, não a troco por nenhuma outra (exceto no verão, quando tenho vontade de estar em qualquer lugar frio, vá lá...), e não acho que um estrangeiro ser embaixador da cidade seja uma ofensa ou demérito de qualquer espécie.
Algum gênio acredita que se Zé Vitor Castiel, Fabrício Carpinejar, ou Jair Kobe, o Guri de Uruguaiana, que estava todo mordido nas redes sociais, recebesse essa incumbência haveria repercussão igual a que aconteceu em toda a América Latina, onde sites noticiaram sem parar que o Kiko era embaixador de Porto Alegre?
Claro que não.
Mesmo considerando-se que Castiel, Carpinejar e Kobe sejam merecedores de honrarias, o título, nas mãos deles, não teria metade do impacto que teve ao ser concedido a Villagrán, nem além dos limites de Porto Alegre, e muito menos além das fronteiras do Brasil.
Como houve polêmica por conta da escolha, a nomeação de Kiko (Um ardoroso fã do futebol brasileiro, futebol, saca, que nem na Copa do Mundo? Tão admirador que batizou seus filhos Édson, em homenagem ao Pelé, e Paulo César, e homenagem ao Caju) como embaixador é órfã. Até onde sei ninguém quis assumir a autoria. João Bosco Vaz, Secretário Especial da Copa, por exemplo, disse que tinha ido viajar e foi informado da nomeação de supetão quando retornou.
Bom, seja quem for o dono da ideia, apenas pelo impacto que teve, colocando Porto Alegre em sites de notícias e jornais da Argentina ao México, está de parabéns.
Nada contra um pouco de bairrismo. Nada contra acreditar que o que é nosso é bem melhor. Eu, gaúcho que sou, também partilho do sentimento. Mas provincianismo, não.
Provincianismo é pra gentalha.
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