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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Resenha Filme: Star Wars: Episódio VI - O Retorno de Jedi


Após um dos maiores finais da história do cinema no episódio anterior, O Retorno de Jedi ou Star Wars: Episódio VI - O Retorno de Jedi, tinha um bocado de pontas soltas para atar e uma violenta expectativa para cumprir.
Conforme fizera em O Império Contra-Ataca, George Lucas se concentrou na produção executiva e nos efeitos visuais (além de dirigir parte da segunda unidade e operar algumas câmeras B). A direção chegou a ser oferecida a David Cronenberg e David Lynch (!) que recusaram para seguir com projetos mais autorais, enquanto O Retorno de Jedi ficou com o galês Richard Marquand, o roteiro era novamente de Lawrence Kazdan trabalhando sobre a história original de George Lucas.
O Retorno de Jedi se passava um ano após os eventos de O Império Contra-ataca. O filme começava com os dróides C-3PO e R2-D2 chegando a fortaleza de Jabba, o Hutt nas montanhas de Tatooine.
Os dróides carregavam uma mensagem de Luke Skywalker para o notório mafioso, onde ele oferecia os robôs como um presente, num gesto de boa-vontade, como parte de uma permuta pela vida de Han Solo, congelado em carbonita e sob o domínio do vilão.
Daí pra frente, era uma escalada de tensão e aventura, com sequências de ação espetaculares se empilhando uma sobre a outra.
Da invasão de Luke à fortaleza, sua luta com o Rancor, a sequência no fosso do Sarlacc, onde Luke, Leia, Han, Lando e Chewbacca, com a ajuda dos dróides tocam o terror em Jabba e seus asseclas.
Após o resgate, Luke parte para Dagobah, para cumprir sua promessa e concluir seu treinamento dom Yoda, enquanto seus amigos se reagrupam com a Aliança Rebelde para planejar o próximo passo da guerra.
Em Dagobah, Luke descobriu que Yoda estava morrendo. Antes de se tornar um com a Força, o pequeno mestre confirmou que Darth Vader era de fato o pai de Luke, Anakin Skywalker, seduzido pelo imperador Palpatine e pelo lado sombrio da Força, Obi-Wan, em sua forma astral, lhe contava que havia mais um Skywalker, sua irmã gêmea Leia, e que seu destino era enfrentar Vader...
Enquanto isso, Leia, Han, Lando e companhia descobriam que o Império estava trabalhando na construção de uma segunda Estrela da Morte em uma tentativa de exterminar de uma vez por todas a Aliança Rebelde.
Mais do que isso, descobriam que a nova estação orbital bélica ainda não estava operacional, e que o imperador Palpatine em pessoa iria supervisionar o estágio final das obras.
Criando uma janela única para destruir a estação orbital e matar o imperador pondo um fim ao seu reinado de horror.
Para isso, uma equipe deverá ir até o gerador do escudo de energia que protege a Estrela da Morte na lua florestal de Endor, desabilitar o gerador, enquanto a esquadrão Rogue ataca a estação orbital em si.
Enquanto Han, Leia, Chewbacca e Luke vão a Endor com os dróides, Lando e Wedge Antilles (Dennis Lawson) liderarão o ataque à Estrela da Morte sob o comando do almirante Ackbar.
Em Endor, após serem separados por um ataque de stormtroopers e salvos pelos ewoks, diminutos habitantes peludos da lua, Luke se separa do resto do grupo, e parte para enfrentar seu destino com o intento, não de matar Vader, mas de redimir Anakin Skywalker.
Enquanto, com a ajuda dos ewoks, Han, Leia, Chewbacca, R2-D2 e C-3PO lutam para desabilitar o gerador de escudo da Estrela da Morte possibilitando o ataque de Lando e Wedge, Luke é levado por Vader à presença de Palpatine, que mostra que os planos obtidos pela aliança rebelde podem não ser precisos, uma vez que a Estrela da Morte está totalmente operacional, e que o que parecia uma oportunidade de ouro para a Aliança Rebelde é, na verdade, uma armadilha!
Star Wars : Episódio VI - O Retorno de Jedi não é, nem de longe, uma experiência tão densa e obscura quanto O Império Contra-Ataca, e nem parece uma história com princípio, meio e fim como Uma Nova Esperança, mas isso se explica pelo fato de o longa ser um desfecho de quase duas horas e quinze minutos.
O senso de urgência que se estende desde a primeira sequência de ação é plenamente justificado, e se alguma coisa não funciona em O Retorno de Jedi é apenas a batalha terrestre em Endor, onde os ewoks, ursos de pelúcia de um metro de altura armados com tacapes e arcos e flechas conseguem suplantar os Stortroopers, teoricamente a tropa de elite do império que comanda a galáxia com mão de ferro, mas mesmo essa alegoria George Lucasiana ao Vietnã passa incólume à medida em que todas as outras frentes do longa funcionam à perfeição, tornando o capítulo final da trilogia uma experiência ainda elevada pelo universo estabelecido no primeiro longa e onde ainda reverbera a sombra do segundo.
Nesse sentido, O Retorno de Jedi sucede, fechando com a nota certa a trilogia que redefiniu o cinema de aventura do Século XX.

"-Seu plano falhou, sua alteza. Eu nunca vou me voltar ao lado sombrio. Nunca. Eu sou um Jedi. Como meu pai antes de mim."

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