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quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Resenha DVD: Truque de Mestre: O 2º Ato
Eu detestei o primeiro Truque de Mestre.
Muito.
Achei o filme um lixo de ponta a ponta, um desperdício de talento e carisma de atores talentosos e de uma premissa interessante que poderia, ao menos, ter sido um heist movie maneiro e original.
Acho, aliás, que fui a única pessoa que, de fato, odiou o filme, que fez uma boa carreira no cinema, com mais de 350 milhões de dólares em bilheterias, e garantiu essa sequência que chegou aos cinemas cerca de três anos após o original, trazendo de volta (quase todo) o elenco original para mais um capítulo das aventuras dos quatro Cavaleiros e sua cruzada para usar ilusionismo contra os gananciosos e poderosos do mundo.
Na trama, o grupo de Robin Hoods prestidigitadores formado por J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson), Jack Wilder (Dave Franco) e Lula (A linda Lizzy Caplan, substituindo Isla Fisher) que opera sob a supervisão do agente do FBI Dylan Rhodes (secretamente o quinto cavaleiro) retorna das sombras após um ano de sumiço para expôr um fabricante de celulares que vende informações pessoais de seus clientes quando o bilionário recluso Walter Mabry (Daniel Radcliffe) surge declarando uma guerra pessoal contra o grupo, expondo-os, sequestrando-os e os levando à Macau, onde os força a roubar um poderoso chip capaz de hackear bancos de dados de qualquer dispositivo do mundo em troca de suas vidas.
Enquanto Atlas, McKinney, Wilder e Lula começam a estudar o roubo do chip, Rhodes vai à prisão atrás de Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), a quem culpa pela morte de seu pai anos antes e afirma ter informações sobre o paradeiro do grupo para reencontrar seus protegidos e juntos,se oporem ao conluio de vilões formado por Mabry, pelo irmão gêmeo de McKinney (Nem pergunte) e por Arthur Tressler (Michael Caine), que retorna em busca de vingança, e derrotar os vilões realizando sua mais audaciosa apresentação até aqui.
Truque de Mestre: O Segundo Ato, consegue a proeza de ser ainda pior do que o primeiro filme sob diversos aspectos, mas não ser tão ruim quanto em outros.
O novo longa, novamente com roteiro escrito com giz de cera em papel higiênico por Ed Solomon e dirigido por Jon M. Chu (de Justin Bieber: Never Say Never e G. I. Joe: Retaliação) é muito menos pretensioso do que o seu predecessor, que exalava uma arrogância quase antipática de tão injustificada em um filme tão descartável (pra tu ver, eu francamente não me lembrava de o personagem do Franco ter forjado a própria morte no primeiro longa...).
Este 2º Ato vai em outra direção, abraçando o absurdo de maneira quase idiota, algo que fica evidenciado pelo vilão bobo vivido por Radcliffe ou pelo gêmeo malvado de McKinney, interpretado em modo novela mexicana por um Harrelson obviamente se deleitando com a palhaçada.
No mais, o filme é outro amontoado de sequências de ação editadas em estilo viciado em metanfetamina entrecortadas por falatório expositivo terminando com um sonolento flashback "veja como foi que nós fizemos essa porra toda" e, novamente, uma grande revelação pós-grande golpe que era antevista desde o início do filme.
Em meio a tudo isso, temos risíveis tentativas de desenvolvimento pessoal dos personagens centrais, uma sugestão de romance constrangedora entre Caplan e Franco, além da relação entre Mabry e Tressler, dolorosamente óbvia, mas também sustentada como se fosse um segredo por boa parte do filme.
É uma pena.
Há um bom filme em algum lugar de Truque de Mestre, e certamente há um grande elenco, de Mark Ruffalo a Woody Harrelson, passando por Caine, Freeman e Eisenberg, infelizmente, ele se perdeu entre a pretensão desmedida do primeiro longa e a estupidez franca do segundo.
Alguma dúvida de que haverá um terceiro?
Assista se a única alternativa for Estrelas e programa do Luciano Huck na Gobo num sábado de tarde.
"-A maior força de um mágico é um punho vazio.
-Ou seja, a habilidade de convencer a multidão de que há algo ali, quando na verdade, não há nada."
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